Projeto Daiane Antinolfi: mais procurada, o granito deve receber impermeabilização a cada seis meses. Crédito da foto: Henrique Ribeiro

Na hora de escolher uma bancada para a cozinha - que pode ser tanto a da própria pia, quanto uma outra, de apoio - é necessário considerar alguns pontos - que tipo de uso ela terá, quanto se pode gastar, e como integrá-la à cozinha como um todo.

A designer de interiores Daiane Antinolfi, do escritório Daiane Antinolfi Arquitetura e Interiores, nos dá alguns conselhos na reportagem abaixo.

Granito

“É uma das pedras mais buscadas para as bancadas de cozinha, pois traz qualidade e uma ótima relação custo-benefício para o projeto”, conta Daiane. Alguns cuidados são necessários: nos granitos claros, as manchas de uso costumam aparecer e, por isso, o processo de impermeabilização é necessário. “ Sempre recomendo uma nova aplicação a cada seis meses”, diz Daiane.

Mármores

Mais poroso que granitos e outros materiais, o mármore, por mais que seja impermeabilizado ou protegido, sofre com manchas de vinho, café, óleo e outros líquidos. Na Europa e nos EUA, esse material é bastante usado, pois as pessoas curtem a aparência manchada e desgastada. O brasileiro, culturalmente, não está acostumado com esse visual e gosta de tudo mais certinho, diz ela. “Prefiro utilizar o material em lavabos ou tampos de mesa de jantar, já que são locais com menos fluxo e mais atenção”, explica a profissional.

Inox

Projeto Korman Arquitetos: bancadas de inox facilitam a limpeza, e dão ares de cozinha profissional ao ambiente. Crédito da foto: Gui Morelli

Praticidade e higiene são alguns pontos positivos desse tipo de material. “Ele tem uma manutenção simples e existem produtos específicos para a limpeza”, afirma a designer de interiores. É ideal para quem cozinha e sonha com um espaços de preparo e cocção dos alimentos como aqueles de grandes restaurantes.

Porcelanato

Muito comum em bancadas de banheiros, esse material também pode ser usado nos tampos da cozinha. “A opção é bastante versátil, além de ter uma grande variedade de acabamentos, desde os lisos até as texturas que imitam concreto ou madeira”, conta Daiane. Mas há limites nas dimensões das peças, o que inviabiliza as bancadas maiores, se não se quer emendas. O ideal é adotar as placas de maiores espessuras. As versões slim [fininhas] são contraindicadas. “O material permite que as cubas sejam esculpidas na mesma peça, o que deixa o visual ainda mais elegante”, lembra.

Quartzo Stone

Sintético, esse tipo de material é composto por 94% de quartzo e 6% de resina, apresenta baixa permeabilidade e registra características bactericidas e resistente às manchas. “O quartzo é muito bem aceito, porém é necessário estar atento às altas temperaturas, já que ele não é preparado para isso”, explica a arquiteta. Também não aguenta bem raios ultravioleta. Existem várias marcas (Caesarstone, Silestone, etc).

Corian

Projeto Cris Paola: bancada em corian, feito de material mineral e acrílico. Não aceita bem altas temperaturas. Crédito da foto: Hamilton Penna

O modelo é composto por material mineral e acrílico. “Moderno e resistente, pode ser trabalhado com uma grande gama de cores e texturas”, diz Daiane. Apesar da resistência, é necessário tomar algumas precauções, como não apoiar panelas quentes na superfície, pois isso pode ocasionar danos.

Alta Tecnologia Dekton e Neolith

Evolução das superfícies, o Dekton e o Neolith são compostos de elementos minerais que agregam alta resistência, inclusive às temperaturas altas, além de não manchar. “Como as pedras compostas nem sempre contam com valor acessível, o grande erro é achar que ela não precisa de cuidados. É sempre importante estar atento ao manual de uso e conservação, assim como a garantia”, aconselha Daiane.

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