Videochamada ameniza distanciamento
Nesta Páscoa, as ligações em vídeo serão utilizadas para desejar saúde e paz. Crédito da foto: Fábio Rogério (2/4/2021)
A pandemia do novo coronavírus mudou a rotina de muitas pessoas. As reuniões de família, os encontros entre amigos, os abraços apertados e os cumprimentos calorosos precisaram ser cancelados por um tempo por conta das medidas de distanciamento social. E para manter as relações pessoais, muita gente passou a contar com os recursos tecnológicos, como as chamadas de vídeo. As ligações por videochamada se tornaram a alternativa para matar a saudade e conversar com familiares, parentes e amigos que não podemos ver pessoalmente.
Hoje é Domingo de Páscoa. E as ligações em vídeo serão utilizadas para desejar saúde, paz e passar mensagens de otimismo para as pessoas queridas. É o que o analista de qualidade Diego Ferreira, de 27 anos, faz para manter contato com os familiares e amigos. Inclusive, Diego está preparando uma surpresa para o sobrinho Pedro Henrique, de 3 anos, com quem sempre conversa por meio das videochamadas. “Vou fazer uma videochamada e entregar o ovo de Páscoa. Vou levar na casa da minha irmã, todo paramentado. E pelo vídeo vou dizer a ele que o tio pediu para o coelhinho entregar. Ele vai adorar”, acredita.
Durante a pandemia, Diego conversa com o sobrinho por meio das ligações em vídeo quase todos os dias. “Ele sempre me pergunta quando o bichinho (coronavírus) vai embora para poder me ver. A gente se encontrava praticamente todos os dias. E agora não consigo ver ele, para não levar riscos, já que continuo trabalhando e acabo pegando transporte público”, conta. Entre uma chamada de vídeo e outra, Diego acompanha o crescimento do pequeno. “Geralmente eu ligo logo depois que volto do trabalho. E como ele está na idade de alfabetização, ele me conta o que aprendeu, mostra as tarefas da escolinha. Essa semana ele fez uma pintura de um ovo de Páscoa usando as cores primárias”.
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Fora o sobrinho, Diego também usa o recurso para manter contato com familiares da região e até com os amigos que moram em São Paulo. “Além da distância, tem a questão da pandemia. Tem mais de um ano que não vejo alguns amigos. Então, sempre ligo para conversar, colocar o papo em dia e até para as pessoas não se sentirem tão sozinhas dentro de casa. É uma forma de manter o contato, matar a saudade e manter a saúde mental”, reforça.
Antes da pandemia, a dona de casa Fátima Alves Prudencio, de 58 anos, já usava os aplicativos de ligações em vídeo para conversar com os familiares que moram em outra cidade, como a filha, que reside no Paraná, e uma prima, que mora no Japão. Porém, com as medidas de distanciamento social, as videochamadas ficaram cada vez mais presentes na rotina de Fátima, até para conversar com os familiares que moram em Sorocaba. “A gente passou a se falar mais ainda por vídeo. Essa foi a forma que encontramos para continuarmos nos comunicando durante a pandemia. Não pode se encontrar, então a gente conversa por vídeo. É um meio maravilhoso que a gente tem”, ressalta.
Apesar da distância física, Fátima acredita que com as videochamadas é possível amenizar a saudade. “Dá pra matar um pouquinho a saudade. Quando não me ligam eu já fico preocupada”, conta ao dizer que mantém contato com as filhas todos os dias. “Quando chega a noite, eu já dou uma ligadinha pra ver se está tudo bem”, completa. Entre as ligações, a dona de casa prefere as com vídeo para poder acompanhar o crescimento das netas. “Pra mim tem sido muito bom. Eu vejo minhas netas todos os dias. É uma forma de estar perto, mesmo estando longe”, finaliza. (Jéssica Nascimento)
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