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A Câmara acatou o veto do prefeito José Crespo (DEM), e as construtoras de Sorocaba não serão mais obrigadas a entregar rede subterrâneas nos novos empreendimentos da cidade para luz, internet e TV a cabo. O projeto de lei que obrigava a instalação nesses moldes havia sido aprovado em março deste ano. O veto foi acatado de forma apertada, por 10 votos a 10. Nesse caso, seriam necessários 11 votos para a derrubada do instrumento. A decisão ocorreu na sessão ordinária de ontem.

Entidades acompanharam a sessão e comemoram o resultado. “Foi positivo para o município. Com mais essa restrição, os investimentos migrariam para as cidade no entorno. Agora, a cidade vai competir de igual para igual. Sorocaba teria com isso malefício”, avalia Guido Cussiol Neto, diretor regional da Regional Sorocaba do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP). “O custo seria repassado para o consumidor final. Teríamos uma piora no mercado”, diz

Elias Stefan Júnior, diretor da Regional Sorocaba do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon-SP), disse que não se trata de uma carga sobre os empreendedores, mas de uma carga social. “Não cabe neste momento essa implementação”, diz. Conforme ele, as pessoas de baixa renda serão as beneficiadas com o veto ao projeto de lei. “Não queremos ser enquadrados como causadores de problema. É muito importante esse projeto, mas cada coisa na sua hora”, comenta.

O projeto de lei é de autoria de Iara Bernardi (PT) e Silvano Júnior (PV).

Clima tenso

E o clima tenso marcou a análise e votação do veto. Silvano Junior e Anselmo Neto (PSDB) subiram o tom. Neto teria sido acusado por Silvano de proteger empresários do ramo imobiliário. Em seguida, ele reagiu. Ao som da fala de “respeite eu”, proferido por Silvano, Neto gritou. “Não aguento mais hipócrita nessa Casa. Estou na minha, sim, porque fui eleito. Tive 6.218 para estar aqui. Tive mais voto que você”, afirmou. Mais tarde, os vereadores já estava num clima mais ameno, mas não houve qualquer formalidade como pedido de desculpas, por exemplo. (Da Redação)

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