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Unimed faz 25 anos e é referência em atendimento médico

31 de Janeiro de 2021 às 00:01

Entrada do Hospital Dr. Miguel Soeiro, da Unimed, em Sorocaba: referência em atendimento hospitalar, transplantes e no combate ao novo coronavírus. Crédito da foto: Divulgação

Considerado um dos mais bem equipados e modernos dentro do sistema nacional, a Unimed Sorocaba celebrou ontem 25 anos de fundação do Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS). “Trata-se de uma data antagonicamente marcante: temos a alegria de nosso hospital completar 25 anos e, lamentavelmente, existe o momento que enfrentamos, decorrente da pandemia”, pondera o presidente do Conselho de Administração da Unimed Sorocaba, Dr. Gustavo Ribeiro Neves.

O crescimento do HMS neste quarto de século impressiona. Em 1996, foram 4.288 internações, 12.915 atendimentos de emergência e 61.282 exames de imagem. Em 2020, foram 15.059 internações, 104.595 atendimentos de emergência e 314.176 exames de imagem.

Atualmente, o Hospital conta com 222 leitos operacionais, 30 de UTI Adulto, 18 de UTI Infantil e Neonatal e 13 salas cirúrgicas. Ele está instalado em uma área de 91 mil m², dos quais 25 mil m² são de construções, onde trabalham 1.832 colaboradores.

Os transplantes, muitos feitos para pacientes pelo SUS, são um dos grandes diferenciais da instituição. Até dia 15 de janeiro, por exemplo, já haviam sido realizados 760 transplantes de córnea, 215 de fígado, 2 de fígado-rim, 14 de rim, 272 de medula óssea autólogo e 24 de medula óssea alogênico, 21 de coração, 43 de ossos e 4 de rim intervivos.

No tratamento da Covid-19, o HMS tem registrado resultados expressivos de recuperação. A taxa de mortalidade é de 5,6%, uma das mais baixas entre os hospitais do País. Por esta razão, a instituição médica sorocabana começa a ser considerada como referência no tratamento de pacientes graves.

Desde o início da pandemia, o HMS teve 901 pacientes internados na Enfermaria. Desses, 278 precisaram ser ir para a UTI e 12% dos 1.116 médicos cooperados se infectaram (incluindo os que atendem em seus consultórios). Entre os 2.309 colaboradores, a taxa de infecção foi de 13% (um óbito). Foram realizados 22.971 exames de PCR. Desses, 7.560 deram positivo (33%).

“O HMS é sinônimo de sucesso e empreendedorismo, graças ao sistema cooperativo médico, além de ser um relevante polo de tecnologia e alta complexidade na nossa região”, define o doutor Gustavo Ribeiro Neves.

Já são 300 transplantes de medula óssea

O próximo transplante de medula óssea (TMO) a ser realizado no Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS) terá um simbolismo especial: ele marcará o 300º procedimento dessa natureza feito na instituição (metade deles beneficiando pacientes do SUS) e a comemoração do 10º ano do primeiro transplante.

Atualmente, a equipe é constituída pelas Dras. Ellen Carneval, Ariella Moura e Ana Gabriela Bismara, juntamente aos Drs. Robenilson e Valter Massaglia. Já a hemoterapia está a cargo da Colsan, sob coordenação do Dr. Frederico Brandão.

O HMS continua sendo o único hospital privado, de caráter não filantrópico do interior, autorizado a realizar transplantes autólogos e alogênicos de medula óssea para pacientes cobertos com recursos do SUS das cidades que formam as regiões de Sorocaba e Jundiaí. No momento, nenhum paciente aguarda em fila de espera.

De acordo com o doutor Robenilson, ao longo desses dez anos, houve uma evolução progressiva dos TMO, com um escalonamento de complexidades. “Começamos com os autólogos, em pequena quantidade. Aumentamos a frequência dos procedimentos até darmos mais um passo, que foram os alogênicos totalmente compatíveis. Tempos depois, iniciamos os transplantes denominados relacionados haploidênticos”, conta. “Agora, estamos próximos de obter habilitação para transplantes não relacionados (quando a medula vem dos bancos de doadores)”, revela.

Para Sorocaba, a função social dos TMO realizados no HMS é muito relevante. Sem eles, os pacientes teriam que ser encaminhados aos grandes centros, localizados em outras cidades. Desde 2011, o município passou de encaminhador a centro de referência em TMO e patologias onco-hematológicas.

Como os TMO são considerados de máxima complexidade, eles contribuíram para impulsionar ainda mais o HMS. “Os transplantes de medula óssea obrigam a instituição a ter recursos complexos de assistência: laboratorial, transfusional, de intensivismo e especialidades. Eles, por sua vez, disseminam esse conhecimento e tecnologia aos demais setores do Hospital”, explica o doutor Robenilson.