A possibilidade de férias extras nas escolas estaduais em pleno mês de setembro foi o tema da manchete do Cruzeiro do Sul de 31 de agosto de 1978. Naquela quinta-feira, o jornal noticiou que o titular da pasta, José Bonifácio Coutinho Nogueira, cogitava decretar a suspensão das aulas em toda a rede paulista durante 15 dias, a partir da segunda-feira seguinte, dia 4. A decisão era uma maneira de ganhar tempo enquanto o governo estadual negociava com os milhares de professores que estavam em greve por aumento de salário desde o início do segundo semestre letivo. A medida emergencial, no entanto, acabou não sendo adotada. Muitos profissionais voltaram ao trabalho no dia 4. Os que continuaram em greve -- cerca de 100, em Sorocaba -- foram substituídos provisoriamente. A paralisação de 1978 foi uma das mais longas dentre as inúmeras mobilizações já realizadas pelos servidores da Rede Estadual de Ensino de São Paulo.