TV indoor em espaços públicos de Sorocaba tem problemas
Nos terminais de ônibus, os equipamentos estão desligados. Crédito da foto: Erick Pinheiro
A Prefeitura de Sorocaba tem um contrato vigente desde fevereiro para que sejam veiculadas informações à população sobre as atividades, ações e informações úteis do município. Embora ainda não tenha sido dispensado nenhum valor para a empresa vencedora do processo licitatório, que é de mais de R$ 1,39 milhão, o Cruzeiro do Sul constatou que há problemas na veiculação da chamada TV indoor, em especial nos dois pontos públicos de maior movimentação de pessoas em Sorocaba, os terminais São Paulo e Santo Antônio, onde há os televisores, mas até a quinta-feira (11) nenhuma mensagem institucional estava sendo veiculada.
O contrato foi assinado em 11 de fevereiro de 2019. Já a ordem de serviço, foi assinada em 25 de março. A partir dessa assinatura, conforme determinação contratual, a empresa teria 20 dias para realizar uma série de atividades, como deixar os equipamentos prontos para o funcionamento. A reportagem percorreu 10 locais descritos no contrato como áreas onde as mensagens deveriam estar sendo veiculadas. No Terminal Santo Antônio, por exemplo, são 21 televisores instalados, entretanto, todos desligados. No Terminal São Paulo, a mesma situação: 12 televisores instalados e desligados.
Na Casa do Cidadão da avenida Ipanema, foram instalados três televisores, porém, durante o período em que a reportagem permaneceu no local, nenhum estava em funcionamento. O contrato prevê dois aparelhos na unidade. Na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Maria Eugênia, o aparelho disponível também não estava funcionando. No Pronto Atendimento do Parque das Laranjeiras, estão previstos pelo contrato dois televisores. Apenas um estava em funcionamento.
A reportagem também constatou na Unidade Pré-Hospitalar da Zona Norte -- UPH Norte -- que havia quatro televisores. Dois estavam desligados, um estava sem sinal e apenas o quarto estava funcionando com as mensagens institucionais do poder público municipal. O local prevê apenas um televisor, conforme o contrato. Já na UBS da Vila Angélica, havia dois televisores em operação. Um retransmitia as mensagens institucionais da Prefeitura de Sorocaba e outro retransmitia uma emissora que opera em canal aberto. O contrato também prevê um televisor.
No PA São Guilherme, na Casa do Cidadão da avenida Itavuvu e na UBS Vila Nova Sorocaba, não fora constatada alguma eventual irregularidade.
O que dizem Prefeitura e empresa
A Prefeitura afirmou na semana passada que nos terminais do transporte coletivo o serviço ainda não estava funcionando por questões estruturais para adaptação dos equipamentos, mas que o serviço seria concluído até a quarta-feira (10). O Executivo alegou ainda que nas unidades da Casa do Cidadão, o serviço estava em funcionamento e o que houve foram falhas pontuais, que foram comunicadas imediatamente à empresa para a resolução, sendo que o serviço não ficou inoperante.
O serviço nos terminais não foi regularizado na data prometida, uma vez que a reportagem voltou ao Terminal Santo Antônio e São Paulo, onde registrou os televisores desligados na quinta-feira (11). A Prefeitura afirmou na mesma data que “os serviços de adequação estrutural em ambos os terminais serão concluídos ainda nesta semana”. “Após esses serviços a equipe da Aquarela Mídia se deslocará aos terminais para fazer as devidas conexões dos aparelhos, providenciando o pleno funcionamento do sistema, para a perfeita execução do serviço contratado”. lembra.
A empresa Aquarela Mídia comentou a situação e descartou qualquer tipo de problema ou irregularidade. “Gostaríamos de informar que as instalações dos aparelhos televisores e dos seus respectivos equipamentos (players, suportes etc.) foram realizadas em sua totalidade, portanto todos os locais especificados no Contrato número 050/2019 estão contemplados com as televisões”, lembrou a empresa. A empresa ainda afirmou que com relação às Casas do Cidadão, todos os chamados realizados foram solucionados. A empresa ainda lembrou que faz acompanhamento remoto dos equipamentos.
O contrato tem validade de 24 meses. O serviço deverá funcionar em 70 prédios públicos, com 120 televisores. (Marcel Scinocca)