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Tramitação na Justiça leva MPE a arquivar inquérito do Avante

25 de Novembro de 2020 às 00:01
Marcel Scinocca [email protected]

Tramitação na Justiça leva MPE a arquivar inquérito do Avante Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (22/10/2018)

Por já estar em tramitação na Justiça, o Ministério Público Eleitoral (MPE) decidiu arquivar o inquérito que investigava agentes políticos envolvendo a suposta “compra” do partido Avante de Sorocaba. O inquérito foi instaurado em 18 de outubro e cita o candidato a prefeito Rodrigo Manga (Republicanos). Há possibilidade de recurso contra o arquivamento.

A decisão de arquivá-lo é do promotor Fabricio Pereira de Oliveira e foi tomada em 18 de novembro. Segundo ele, após apuração preliminar, foram reunidos elementos suficientes de que quatro pessoas, incluindo Manga, teriam promovido a “compra” do partido Avante de Sorocaba, mediante abuso do poder econômico e fraude. “Isto posto, com relação aos representados (...), o presente há de ser arquivado, uma vez que a questão já é objeto de ação judicial”, avisa.

Com relação a José Evangelista Gomes, o arquivamento ocorreu por falta de elementos mínimos da participação dele em qualquer ato ilícito. O promotor eleitoral, ao ser questionado ressaltou que o arquivamento ocorre em função de o processo já estar em tramitação na Justiça, ou seja, encerrando a fase de investigação por parte do MP Eleitoral.

A Coligação de Rodrigo Manga, “A mudança vai começar”, divulgou nota sucinta sobre a situação. “Desde o início da judicialização da campanha, a coligação vem dizendo que sabe que o tempo restabelecerá toda a verdade”, diz o material.

O promotor afirma na ação, originada pela investigação feita no inquérito, objeto de arquivamento, que foi verificada a prática de ilegalidade na destituição da primeira Comissão Provisória do Avante de Sorocaba, bem como na constituição e nomeação de uma segunda Comissão Provisória. Ainda segundo o documento, essas condutas se deram “mediante emprego abusivo de poder econômico e fraude”. Na ação, o MP anexou reportagens publicadas na imprensa, além de reproduções de conversas no aplicativo WhatsApp e redes sociais para embasar a denúncia. (Marcel Scinocca)