Evento reuniu especialistas na Secretaria de Igualdade e Assistência Social. Crédito da foto: Erick Pinheiro

O tráfico de mulheres e meninas e as maneiras de articular a sociedade e o poder público para combater o problema foram tema de um debate ontem em Sorocaba, no auditório da Secretaria de Igualdade e Assistência Social (Sias). O evento “Tráfico de Mulheres e Meninas: educação popular feminista para implementar políticas públicas” foi promovido pela Associação Mulheres pela Paz, presidida por Clara Charf e dirigida pela professora e pesquisadora Vera Vieira. O titular da Sias, Jefferson Calixto, esteve presente.

Vera apresentou dados de uma pesquisa sobre a percepção das pessoas em relação ao tráfico de mulheres e abordou questões levantadas durante oficina realizada pela manhã em um hotel da cidade com 50 mulheres, representantes de associações, líderes de comunidades e profissionais da área. “As principais vítimas são pessoas mais pobres e de baixa escolaridade”, explica.

Vera destaca que no Estado de São Paulo há 35 rotas de tráfico de pessoas, sendo que o Brasil possui fronteira com 11 países — situação que facilita a entrada e saída de pessoas traficadas e dificulta a fiscalização deste crime. “A cada ano no Brasil desaparecem 200 mil pessoas sendo que 40 mil são crianças e adolescentes”, relata. A maioria dessas pessoas seria vítima de adoção ilegal, exploração sexual e do trabalho, além do tráfico de órgãos.

O evento contou com a participação das vereadoras Iara Bernardi e Fernanda Garcia, representantes das secretarias de Educação, Segurança Pública e Comunitária. O secretário da Educação André Gomes recebeu sugestões dos participantes.

Leia matéria completa no Mix do próximo sábado. (Priscila Fernandes)