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Termômetros clínicos com mercúrio deixam de ser vendidos em Sorocaba

03 de Janeiro de 2019 às 14:36

A versão digital tem sido vendida nas farmácias de Sorocaba. Crédito da foto: Erick Pinheiro

Os termômetros clínicos com mercúrio para a aferição da temperatura corporal já são objetos do passado nas farmácias de Sorocaba. Desde 1º de janeiro deste ano está proibida em todo o País a fabricação, a importação e a comercialização do produto.

Mas calma! Caso você tenha em casa um termômetro clínico com mercúrio, não precisa jogá-lo fora. A resolução, publicada no Diário Oficial da União, não veta o uso doméstico do produto. “A população poderá continuar usando os termômetros domésticos, mas com o devido cuidado no armazenamento e na manipulação para que não ocorra a quebra do vidro”, alerta o Ministério da Saúde.

Em várias farmácias de Sorocaba, os termômetros com mercúrio não são encontrados há meses. Em uma unidade no bairro Vila Santana, a versão digital para aferir a temperatura é a mais procurada pela clientela. “É fácil de usar e o preço está mais acessível”, conta o farmacêutico Rogério Lopes Júnior. O produto pode ser encontrado pelo preço de R$ 17.

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Para quem tem saudade do termômetro de mercúrio, com o mesmo formato e modo de utilização, já existe no mercado uma versão do produto sem a presença do metal. Ela custa em média R$ 27.

Na região central de Sorocaba, uma farmácia não recebe o produto com mercúrio há meses. Segundo a assistente de balcão Juliana Almeida, alguns clientes ainda buscam esse tipo de termômetro. “Mas daí são avisados de que temos somente os digitais”, relata.

Em Votorantim, no Jardim Toledo, a farmacêutica Camila Lopes só tem vendido o aparelho digital. De acordo com ela, esse tipo de termômetro é prático e de fácil utilização. “Coloca no braço e espera o tempo necessário até a temperatura aparecer no visor”, diz.

Por meio de nota, o Ministério da Saúde informou que a determinação, aprovada pela própria pasta e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cumpre o compromisso assumido pelo Brasil na Convenção de Minamata. Esse evento debateu os riscos do uso do mercúrio para a saúde e para o meio ambiente.

Descarte do termômetro

Caso o usuário deseje se desfazer do termômetro clínico de mercúrio, a orientação é mantê-lo provisoriamente em casa até a divulgação, pela pasta e pela Anvisa, dos pontos de recolhimento. Em caso de quebra, devem ser tomadas as seguintes precauções:

- Isolar o local e não permitir que crianças brinquem com as bolinhas de mercúrio;

- Abrir as janelas para arejar o ambiente;

- Recolher com cuidado os restos de vidro em toalha de papel ou luvas e colocar em recipiente resistente à ruptura, para evitar ferimento;

- Localizar as “bolinhas” de mercúrio e juntá-las com cuidado, utilizando um papel cartão ou similar, evitando contato da pele com o mercúrio. Recolher as gotas de mercúrio com uma seringa sem agulha. As gotas menores podem ser recolhidas com uma fita adesiva;

- Transferir o mercúrio recolhido para um recipiente de plástico duro e resistente ou vidro, colocar água até cobrir completamente o mercúrio a fim de minimizar a formação de vapores de mercúrio, e fechar o recipiente;

- Identificar/rotular o recipiente, escrevendo na parte externa “Resíduos tóxicos contendo mercúrio”;

- Não usar aspirador, pois isso vai acelerar a evaporação do mercúrio, assim como contaminar outros resíduos contidos no aspirador.

Os materiais utilizados durante o procedimento, como luvas e seringas, também deverão ser colocados em embalagens rotuladas e não devem ser descartados em lixo comum.

A proibição não se aplica a produtos para pesquisa e para calibração de instrumentos ou uso como padrão de referência. Assim, serviços de saúde que possuírem medidores de pressão ou termômetros de coluna de mercúrio utilizados como padrão de referência para calibração interna de outros equipamentos deverão identificar esses produtos com etiqueta com os dizeres: “Produto utilizado como padrão de referência para calibração”. (Da Redação e Agência Brasil)

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