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Tatiane Polis não comparecerá à CPI do voluntariado na Câmara de Sorocaba

09 de Abril de 2019 às 13:33
Marcel Scinocca [email protected]

O advogado Márcio Leme, que defende Tatiane Polis, protocola um documento na Câmara de Sorocaba. Crédito da foto: Erick Pinheiro (9/4/2019)

Tatiane Polis não comparecerá ao depoimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga indícios de irregularidades no voluntariado da Prefeitura de Sorocaba. A defesa da ex-assessora do governo municipal protocolou no início da tarde desta terça-feira (9) um documento à Câmara de Vereadores.

Denominada como voluntária da Prefeitura de Sorocaba pelo prefeito José Crespo (DEM), Tatiana Polis seria ouvida nesta terça-feira (9), às 14h, em oitiva agendada na semana passada. No documento, a defesa pede acesso a depoimentos da CPI.

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O advogado Márcio Leme afirmou também, durante o protocolo, que a pessoa responsável pelas denúncias à CPI de forma anônima foi localizada e trata-se de um dos ouvidos pela Polícia Cívil na operação Casa de Papel. A vereadora Iara Bernardi afirmou que encaminhará o pedido para análise do Jurídico da Câmara.

A vereadora, presidente da CPI, considerou a medida como fuga. Ela disse que Tatiane Polis poderá ter o depoimento reagendado ou comparecer por determinação judicial.

Depoimentos

Na terceira rodada de depoimentos, mais oito pessoas foram ouvidas no dia 4 de abril, na Câmara Municipal, como testemunhas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura supostas irregularidades no corpo de voluntariado da Prefeitura de Sorocaba. Os depoimentos foram prestados na sala de reuniões, a portas fechadas — inclusive para a imprensa –, com a justificativa de preservar as testemunhas, por serem servidores e ex-funcionários de carreira da Prefeitura.

Tatiane Polis durante depoimento na Câmara de Sorocaba. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (14/7/2017)

O problema no foco da investigação estaria relacionado à ex-servidora comissionada da Prefeitura, Tatiane Polis, pivô na crise ocorrida no primeiro ano de governo do prefeito José Crespo (DEM), que culminou em sua cassação pelo Legislativo, em agosto de 2017. O texto do protocolo que criou a CPI na Câmara fala da necessidade de apurar violação “gravíssima” ao serviço público municipal, causado por “usurpação de função pública”, camuflado em falsos serviços voluntários, resultando em assédios morais, intimidações, tráfico de influência e prejuízo ao erário.

Os depoentes presentes no dia 4 de abril tiveram ou ainda têm vínculo com a Secretaria de Comunicação e Eventos (Secom) da Prefeitura. Entre os oito, há dois casos de exonerados e dois que foram transferidos para outras áreas da administração municipal. (Marcel Scinocca)