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Suspeitos de matar Vitória Gabrielly, em Araçariguama, vão a júri popular

28 de Junho de 2019 às 10:15

Local do encontro do corpo da menina Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, em Araçariguama. Crédito da foto: Cortesia / Polícia Militar (16/6/2018)

Três suspeitos de participação no assassinato da menina Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, em Araçariguama, na Região Metropolitana de Sorocaba, vão a júri popular. O juiz Roberto de Carvalho, da Vara Criminal, da Infância e Juventude de São Roque, proferiu, na quarta-feira (26), a sentença na qual pronunciou o pedreiro Júlio César Lima Ergesse, de 24 anos, Bruno Marcel de Oliveira, o “Mancha”, de 33, e Mayara Borges de Abrantes, de 24, pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da menina.

Na sentença, o juiz afirmou que o julgamento pelo tribunal popular se trata de “uma das raríssimas situações do direito processual penal que não é permeado pelo princípio do in dubio pro reo” ( na dúvida, a favor do réu). “Aqui”, continuou, “a dúvida milita em favor da sociedade que, através do julgamento pelo Tribunal do Júri, decidirá sobre essa certeza”.

Ainda segundo o juiz, o caso ganhou notoriedade pelo fato de se tratar de uma adolescente que, ao ser confundida com a irmã de um rapaz com dívidas de drogas, foi sequestrada pelos três acusados que a agrediram por horas. Após perceberem que o caso havia tomado grandes proporções, eles a assassinaram.

No dia 22 de maio deste ano, a Polícia Civil prendeu o quarto suspeito de envolvimento na morte da estudante Vitória. Odilan Alves, de 35 anos, é apontado como comandante do tráfico na região e teria mandado sequestrar a irmã de um usuário de drogas que devia R$ 7 mil ao traficante.

O caso

O assassinato de Vitória mobilizou e comoveu a população de Araçariguama. Imagens de uma câmera mostraram a estudante andando de patins perto do ginásio de esportes da cidade antes de desaparecer, no dia 8 de junho de 2018. A polícia e os moradores se mobilizaram em buscas pela garota. O corpo foi encontrado oito dias depois, em um matagal, à margem de uma estrada rural.

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De acordo com o laudos do Instituto de Criminalística, o corpo da menina apresentava lesões internas na musculatura cervical e cianose nas extremidades, indicando que a vítima morreu de asfixia mecânica causada por estrangulamento. Marcas nos braços e pernas também indicaram que ela tentou se defender do agressor e teria sido amarrada pelos braços e tornozelos. (Ana Paula Niederauer - Estadão Conteúdo)