Subsídio ao transporte sobe 62,5% em 4 anos
Socorro do poder público para o transporte urbano foi de R$ 41,85 mi em 2015 para R$ 68 mi em 2019. Crédito da foto: Arte / JCS
O socorro da Prefeitura de Sorocaba para o transporte coletivo aumentou 62,5% entre 2015 e 2019, e deverá bater novo recorde este ano. As informações, divulgadas ontem (24), estão em um levantamento feito pela Urbes -- Trânsito e Transportes a pedido do jornal Cruzeiro do Sul. A diminuição dos passageiros pagantes, o aumento das gratuidades e a elevação dos insumos são os motivos que causaram o aumento.
Conforme os dados, em 2015, o subsídio repassado pela Prefeitura à Urbes foi de R$ 41,85 milhões. No ano seguinte, 2016, houve pouca variação e o valor foi a R$ 43,536 milhões. O aumento foi maior em 2017, quando foi de R$ 47,32 milhões. Em 2018, o valor saltou para R$ 67,08 milhões e, por fim, em 2019, o valor subsidiado foi de R$ 68 milhões.
Conforme a Urbes, o repasse da Prefeitura para o transporte coletivo inclui o subsídio para o sistema, que, inclusive, contempla as gratuidades nos seguintes casos: crianças de até cinco anos, acompanhadas de pessoa responsável, desde que ocupem o mesmo assento do acompanhante; e usuários especiais, com identificação especial da Urbes, que deverá ser renovada atendendo exigências de decreto municipal específico.
Ainda conforme a Urbes, as gratuidades também contemplam idosos a partir dos 60 anos de idade, portadores de credencial; agentes de fiscalização do transporte coletivo da Urbes, empregados das empresas de transporte coletivo e usuários definidos por lei, quando e se cumprindo requisito eventualmente estabelecido em legislação.
Justamente essas gratuidades foram parte dos fatores que inflaram o repasse do caixa da Prefeitura de Sorocaba para da Urbes. “O aumento refere-se em especial ao aumento do subsídio do transporte coletivo, especialmente pela queda de demanda de passageiros, pelo aumento do custo dos insumos e por conta das gratuidades previstas no sistema”, alega a empresa pública.
Para este ano, conforme projeta a instituição, o valor total do repasse deverá chegar à casa dos R$ 80 milhões, o maior de todo período e também o maior da história.
Gerenciamento
Ainda no que se refere à Urbes, há os repasses feitos pela Prefeitura para o gerenciamento da empresa pública, usados para suprir o custo operacional da instituição gerenciadora do transporte coletivo. Na lista, há a folha de pagamento, aluguel, água e energia elétrica.
O custeio ainda inclui engenharia de tráfego, mais de 100 mil metros de sinalização de solo anuais, fiscalização e operação de trânsito, comercialização de passagens, gerenciamento de terminais rodoviários e interurbanos, análise de polos geradores, estudo e controles de mobilidade, além de campanhas de educação para o trânsito.
Há outros gastos como manutenção de pontos e abrigos, central de controle operacional, manutenção de todos o sistema semafórico, todo o sistema de câmeras de videomonitoramento (compartilhado com a segurança urbana), emissão de alvarás e credenciais, credenciamento do transporte especial e obras de acessibilidade.
Nos últimos cinco anos, os valores foram: R$ 32.315.071,00 em 2015; R$ 31.543.405,00 em 2016; R$ 37.012.882,00 em 2017; R$ 36.879.815,00 em 2018; e 36.522.659,00 em 2019. O aumento foi de 13% entre 2015 e 2019. (Marcel Scinocca)