Sorocaba tem carreata para pedir a reabertura do comércio
Participantes segura a bandeira do Brasil. Crédito da foto: Fábio Rogério (28/3/2020)
Atualizada às 18h56
Sorocabanos promoveram uma carreata pedindo a reabertura do comércio. Eles também querem novas medidas de isolamento como forma de combate ao novo coronavírus.
Segundo Rogéria Sabino, participante da carreata, o objetivo foi pedir ao governo municipal transformar a quarentena em vertical. “A medida é desnecessária. Gostaria que fosse somente para pessoas com fatores de risco, idosos e seus familiares ficarem em quarentena.”
Rogéria é microempreendedora. Trabalha com artesanato, festas e tem sentido na pele as consequências da quarentena. “É uma situação muito difícil”, relata.
https://youtu.be/seL_eZvukms
O ponto de partida da carreata organizada em Sorocaba para a reabertura do comércio mudou de lugar. O local escolhido era o Paço Municipal, mas o governo municipal fechou o acesso ao estacionamento. Os participantes se reuniram e decidiram começar no Parque das Águas.
A saída dos participantes aconteceu por volta das 14h30. Bandeiras do Brasil foram colocadas ao lado de fora dos veículos.
Aproximadamente 80 carros participam da carreata, segundo a autônoma Rogéria Sabino - uma das organizadoras da manifestação. Os veículos, em comboio, cruzaram a cidade com bandeiras do Brasil.
Os veículos passaram pela avenida Ulysses Guimarães, acessaram a Itavuvu e entraram na General Osório. Na sequência, seguiram pela Cesário Mota, Barão de Tatuí até a chegada no bairro Parque Campolim.
Segundo Rogéria, não houve aglomeração de pessoas antes e depois da carreata. “Ninguém desceu do carro para evitar contato”, conta.
Agentes de trânsito da Urbes fecham a entrada de carros para o Paço Municipal. Crédito da foto: Fábio Rogério (28/3/2020)
Por meio de nota, a Urbes informou ter precisado agir, considerando o momento de calamidade pública declarado por conta da Covid-19. Segundo a empresa pública, os veículos que participaram da carreata serão autuados com base no artigo 195 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A infração é considerada grave, prevendo 5 pontos na carteira e multa de R$ 195,23.
A Urbes reconhece o momento crítico vivido pelo comércio, mas também leva em consideração a necessidade de isolamento social. Na sexta-feira (27) a Urbes havia alertado os organizadores que a realização de tal ato não estaria autorizado, informando inclusive que o desrespeito estaria sujeito a sanções legais.
De acordo com a Urbes, o ato ainda desrespeitou o decreto municipal número 25.663, de 21 de março de 2020, que reconhece o estado de calamidade pública, decorrente da pandemia do Covid-19. Esse posicionamento da Urbes também teve respaldo legal no artigo 4° do Decreto Estadual n° 64.881, de 22 de março 2020 que diz “Fica recomendado que a circulação de pessoas no âmbito do Estado de São Paulo se limite às necessidades imediatas de alimentação, cuidados de saúde e exercícios de atividades essenciais.” (Da Redação)
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