Sorocaba gerou 2.585 empregos em fevereiro
Comércio saiu de um saldo negativo em janeiro para 267 contratações no mês seguinte. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (23/12/2020)
Com um saldo positivo de 2.585 postos de trabalho, o mês de fevereiro registrou alta nas contratações formais em Sorocaba pelo segundo mês seguido, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados no site do Ministério do Trabalho. Em janeiro, o saldo também havia sido positivo em 1.460 vagas, após uma perda de 629 em dezembro, mês em que normalmente ocorrem demissões devido ao final da contratações temporárias do comércio.
Conforme o levantamento, o grande destaque na cidade foi o setor de serviços, representando um saldo positivo de 1.118 contratações em fevereiro. No primeiro mês do ano, esse setor registrou saldo positivo mais discreto, com 634 contratações no mercado formal. Desta forma, na comparação entre janeiro e fevereiro, Sorocaba quase dobrou o número de vagas abertas especificamente em serviços.
Para as indústrias, o saldo foi de 724 novas contratações em fevereiro. Esse número foi pouco menor do que em janeiro, quando o setor industrial criou 753 postos de trabalho na cidade.
O comércio também foi um dos destaques em Sorocaba no mês de fevereiro. O setor saiu do saldo negativo de 106 em janeiro para 267 em fevereiro.
Setor de serviços foi o que mais criou oportunidades de trabalho no primeiro bimestre. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (19/12/2016)
Já para o setor da construção civil, o índice passou de 178 novas contratações de trabalhadores formais em janeiro para 474 em fevereiro.
No acumulado dos dois primeiros meses do ano, Sorocaba somou no total 18.543 admissões contra 14.499 desligamentos, com saldo positivo de 4.044 vagas. Já no Estado de São Paulo, o total de admissões foi de 1.079.390 contra 875.616 desligamentos, com saldo positivo de 203.774 no bimestre.
Abaixo do ideal
Conforme o professor e economista Renato Vaz Garcia, esses índices seguem o esperado, com indústria, comércio e serviços retomando parte da atividade. Entretanto, ele afirma que ainda está abaixo do ideal. “A taxa de desemprego do Brasil está acima de 14%. Isso é muito alto e não depende unicamente da pandemia. Já tínhamos uma taxa acima de 10% antes”, explica o economista.
Renato Garcia observa que o desemprego e a queda da atividade econômica não são consequência das medidas restritivas contra o novo coronavírus. “Quanto mais eficiente forem estas medidas restritivas, mais rápido teremos a normalização da economia e a volta dos empregos”, ressalta.
A expectativa, segundo o economista, é que o saldo de empregos fique positivo nos próximos meses. Porém, desde que a curva de casos, internações e mortes caia. “Precisamos levar muito mais a sério a pandemia neste momento. Quanto mais cedo nos conscientizarmos e tomarmos os devidos cuidados, mais cedo teremos a volta da atividade econômica”, avalia. (Kally Momesso - programa de estágio / Supervisão: Marcelo Roma)
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