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Sindicato ameaça nova paralisação total dos ônibus em Sorocaba

31 de Março de 2020 às 12:06

Transporte está operando com 40% da frota e foco em trabalhadores de serviços essenciais. Crédito da foto: Fábio Rogério (28/3/2020)

Atualizada às 12h30 - O Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região ameaça fazer nova paralisação de 100% no transporte coletivo de Sorocaba. Desta vez, a alegação é de que as empresas de ônibus não forneceram, até o momento, todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) para proteger os trabalhadores em transportes da contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19).

Segundo nota divulgada no site da entidade, o sindicato protocolou a notificação às empresas, e às prefeituras nos casos do transporte municipal, para que elas forneçam os EPIs em um prazo de 24 horas. “Caso os EPIs não sejam fornecidos no prazo estipulado, os trabalhadores irão paralisar as atividades e não terá saída de veículos para atendimento à população”, diz o sindicato.

Já as empresas Consor e STU afirmam que, desde o início da pandemia, têm fornecido álcool gel e luvas para seus colaboradores. Quanto às máscaras, as empresas afirmam que têm diariamente procurado comprar máscaras, mas, em função da grande procura não as tem encontrado. “Repudiamos essa afirmação do Sindicato [de que as empresas não estariam fornecendo EPIs], pois ela é infundada. Estamos trabalhando conforme as orientações dos órgãos de saúde pública para que os serviços sejam realizados com segurança e preserve a vida de todos”.

Em Sorocaba, a distribuição dos EPIs constava no acordo extrajudicial firmado na semana entre o sindicato e a Prefeitura, por meio da Urbes, depois que a entidade sindical liderou uma paralisação de 100% da frota, em virtude da pandemia do novo coronavírus. No acordo, que resultou em 40% da operação da frota, as partes firmaram um “plano de segurança” que determinava que as empresas de transporte devem disponibilizar luvas, máscaras de proteção e álcool gel a todos os trabalhadores em transporte.

A Urbes informa que tomou ciência, por meio da imprensa, das intenções do sindicato em forçar nova paralisação do transporte coletivo. “A justificativa seria pelo possível não fornecimento de EPIs aos motoristas, informação esta não confirmada pelas empresas STU e Consor”.

A empresa pública responsável por gerenciar o transporte coletivo em Sorocaba acrescenta que “mantém sua postura, mediante a necessidade de que todas as tratativas e medidas necessária sejam adotadas, pelas empresas e sindicato, a fim de que o serviço de transporte coletivo seja preservado, bem como a manutenção do atendimento aos trabalhadores dos serviços essenciais, enquanto durar o período de quarentena”.

Por meio de nota conjunta, as empresas Consor e STU afirmam que diante do atual cenário de controle na disseminação do novo coronavírus (Covid-19), o transporte público é um serviço essencial, razão pela qual é necessária uma frota mínima para atender os deslocamentos de profissionais que estão trabalhando nas áreas da saúde (hospitais, clínicas, farmácias e clínicas odontológicas), alimentação (supermercados, padarias e açougues), abastecimento (posto de combustíveis, transportadora, oficinas de automóveis e motocicleta), comércio (lojas de pet shop e bancas de revista), finanças (bancos e lotéricas) e segurança pública. “Posto isto, entendemos que qualquer eventual paralisação será despida de qualquer fundamento legal e o que é pior, trará prejuízo imensurável àqueles que mais precisam do transporte público para o efetivo combate à pandemia”, acrescenta.