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Sem acordo, trabalhadores de Aramar podem parar nesta quinta (21)

21 de Março de 2019 às 00:34

 

Sem acordo, trabalhadores de Aramar podem parar nesta quinta (21) Mobilização de funcionários pode afetar instalações da Marinha, em Iperó. Crédito da Foto: Adival B. Pinto/Arquivo JCS

Profissionais que trabalham no Centro Experimental Aramar, da Marinha do Brasil, decidiram entrar em greve a partir desta quinta-feira (21), após rejeitarem proposta de 0,8% de reajuste salarial. A decisão vale também para os profissionais do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTM-SP) e para a sede da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (Amazul), empresa estatal integrante do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha.

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A deliberação pela greve foi tomada em duas assembleias dos profissionais, nos dias 13 e 14 de março. Segundo a categoria, a proposta de 0,8% de reajuste representa perdas em relação à inflação correspondente à data-base, que foi de 3,75% (IPCA) e por isso foi rejeitada.

Na quarta (20), na véspera do dia indicado para começar a greve, representantes dos trabalhadores e da Amazul voltaram a se reunir. De acordo com os trabalhadores, a empresa apresentou nova proposta de reajuste de 1,2% nos salários e 2% nos benefícios. Os funcionários consideraram “baixo” esse índice, já que corresponde a um terço da inflação calculada em 3,75%.

A reportagem tentou falar com a Amazul três vezes -- na semana passada, na última segunda-feira (18) e nesta quarta (20) --, mas não conseguiu contato com a empresa nem com o setor de comunicação. A companhia transferiu o contato para a assessoria de imprensa, que não atendeu às ligações.

Os trabalhadores destacaram que em 2019 houve aumento de 17,5% na Lei de Orçamento Anual (LOA) da Amazul em comparação com 2018, especificamente para pessoal e encargos. São cerca de 900 operários lotados em Aramar, a unidade da Marinha localizada em Iperó, mais 900 no CTM-SP e na sede da Amazul. Entre eles está o contingente de funcionários altamente qualificados, como engenheiros e pesquisadores de várias especialidades e técnicos de laboratórios.

As assembleias aconteceram na capital paulista, com os profissionais que atuam no CTM-SP, e em Iperó-SP, com os trabalhadores lotados em Aramar. (Carlos Araújo)

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