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Sargento morto durante ação policial é sepultado em Sorocaba

20 de Outubro de 2018 às 12:41

Policial foi homenageado pelos amigos de farda. Crédito da foto: Emídio Marques

 

Após um cortejo de 5 km, o corpo do primeiro-sargento Luiz Antonio Faria, 46 anos, foi enterrado no final da manhã deste sábado (20) no cemitério Memorial Park, em Sorocaba. Todo cortejo fúnebre foi acompanhado por cerca de mil pessoas, conforme estimativa da própria Polícia Militar. O secretário de Segurança Pública do Estado, Mágino Alves Barbosa Filho, e o comandante geral da Polícia Militar do Estado, coronel Marcelo Vieira Salles, também estiveram presentes. O sargento foi morto na quinta-feira à noite ao ser atingido por um tiro de fuzil disparado por um companheiro de equipe durante uma operação policial.

O corpo do sargento Faria chegou transportado num caminhão do Corpo de Bombeiros, e antes do sepultamento, que antecedeu a salva de tiros, o comandante geral da PM no Estado de São Paulo, coronel Marcelo Salles destacou a conduta do sargento Faria, como “um exemplo de trabalhador com legado de dedicação”, e que “levou ao extremo seu julgamento de pagar com a própria vida”. Para finalizar, o comandante geral reconheceu que a situação era muito dolorida.

No entendimento do secretário de Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, houve uma fatalidade, o que pode ocorrer nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, e citou que a polícia do estado de São Paulo é a mais bem treinada do Brasil. O secretário frisou que todos os policiais habilitados para armas pesadas estão absolutamente preparados para trabalhar com qualquer arma, e disse ainda lamentar duplamente o ocorrido, mas que os fatos serão apurados para o conforto das famílias.

Mágino Alves também comentou sobre algumas críticas sobre o uso de fuzil fora de operações especiais. Segundo ele, nesse caso específico, as equipes de Força Tática sempre empregaram fuzil, e os dois policiais envolvidos na ocorrência eram devidamente habilitados há anos.

Para o coronel Antonio Valdir Gonçalves Filho, comandante do Comando de Policiamento do Interior (CPI/7), não houve falha humana e nem de procedimento, tanto que foi efetuado apenas um disparo, conforme prevê quando se trata de arma pesada. O oficial comentou que haviam seis equipes da Força Tática empenhadas na ocorrência, e que o local em que tudo aconteceu seria a rota de fuga dos criminosos. Segundo ele, caso o autor do disparo não fosse treinado, teria efetuado mais de um tiro: ele enxergou a arma, não a farda.

O caso

A morte ocorreu quinta-feira (18) à noite após o sargento ter sido atingido por um tiro de fuzil disparado por um companheiro de equipe, também sargento, e está sendo investigada internamente. O caso, tratado como fatalidade pelos policiais, aconteceu quando checavam, numa chácara na região de Brigadeiro Tobias, denúncias de que no local haveria uma quadrilha possivelmente de roubo a banco. Ambos eram da Força Tática de Sorocaba.

O sargento autor do disparo foi indiciado por homicídio culposo (quando não se tem a intenção), e foi colocado em liberdade após audiência de custódia. Para as autoridades policiais, a morte do sargento Faria não se deu por erro de procedimento, e sim por uma fatalidade.

 

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