São Roque pode ficar sem ônibus nesta sexta-feira (01)
O estado de greve foi decidido em assembleia realizada na terça-feira. Foto: Reprodução da internet / Rafael Barbosa (JE Online)
Caso não haja nenhum acordo entre empresa e representação sindical, São Roque pode ficar amanhã sem transporte coletivo urbano, mantendo-se apenas 30% da frota em circulação. O estado de greve dos trabalhadores da empresa Mirage Transportes foi decidido em assembleia realizada na terça-feira, pelo Sindicato dos Condutores de Sorocaba e Região, que aponta, como irregularidades, a prática de assédio moral, demissões sem justificativa e a continuidade do excesso de jornada de trabalho, além da não efetivação do acordo coletivo.
A empresa nega tais acusações, e se disse interessada em chegar num consenso para evitar a paralisação. A Prefeitura foi procurada pela reportagem mas não se manifestou até o fechamento desta edição.
De acordo com a representação sindical, a empresa, que desde agosto do ano passado assumiu a concessão para a prestação de serviço no município que antes era da Viação São Roque, não estaria respeitando os direitos trabalhistas. Entretanto, o Sindicato ressalta que, além de respeitar o prazo legal para início de greve em serviço essencial, já se comprometeu, em caso de paralisação, a manter 30% da frota em circulação.
Informações passadas ontem por telefone pela administração da Mirage Transportes, dão conta de que seu departamento jurídico estaria se empenhando para que não ocorra a paralisação, e também não descarta uma reunião hoje, com o Sindicato e a Prefeitura.
A administração da empresa disse não considerar as denúncias sindicais, especificando cada um dos pontos. No da jornada excessiva de trabalho, a empresa afirma não haver e que o Sindicato se mostraria contraditório ao reclamar de muitas folgas concedidas aos trabalhadores; quanto às demissões, a posição empresarial é a de que foi feita uma readequação no quadro de funcionários de acordo com a demanda necessária. A empresa também não reconhece práticas de assédio moral, e que quanto ao acordo coletivo o mesmo ainda não foi assinado por discordância sobre algumas claúsulas, mas que as principais, como pagamento do piso salarial, fornecimento de convênio médico e vale-refeição, são cumpridas regularmente.