No Central Parque, uma árvore está pendendo sobre a rua Bruno Ferro e sua copa fica próxima a fios elétricos. Crédito da Foto: Vinícius Fonseca (14/10/2020)

Ainda faltam dois meses para o verão, mas possíveis ocorrências associadas a esse período já preocupam alguns sorocabanos. Uma delas diz respeito a árvores em risco de queda, que podem estar mais sujeitas aos efeitos de tempestades, por exemplo.

O representante comercial Marcos Ramires revelou preocupação com uma árvore localizada no bairro Central Parque. Segundo ele, o tronco começou a pender em 2016 e, agora, as raízes estão secas e aparentes, gerando apreensão sobre a segurança dos moradores cujas casas seriam atingidas em uma eventual queda.

Ramires disse que, na época, acionou a Prefeitura, mas que nenhuma providência foi tomada. “O Corpo de Bombeiros também esteve aqui, mas avaliou que não podia fazer o corte”, contou. O representante comercial afirmou ter recorrido, ainda, à Companhia Piratininga de Força e Luz (CPFL), que fez apenas uma poda na árvore, por estar próxima a fios elétricos.

A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Sema) confirmou que Ramires solicitou o corte da árvore, da espécie sibipiruna, em setembro de 2016, mas que o pedido foi negado pelo fato de a vistoria da época, feita por um engenheiro agrônomo, ter constatado que a árvore estava sadia. Foi sugerido, ainda de acordo com a pasta, que o canteiro em volta fosse ampliado para minimizar os danos na calçada.

A secretaria informou que o morador fez um novo pedido de corte neste ano. “Um técnico da Sema realizará a vistoria ainda neste mês para avaliar o estado fitossanitário da mesma e a necessidade de manejo”, destacou a Sema. A CPFL declarou que a responsabilidade pela poda das árvores é da Prefeitura, mas que monitora e faz podas preventivas e emergenciais para evitar riscos à rede elétrica. “Para isso, critérios técnicos são seguidos para evitar agressões desnecessárias às árvores”, acrescentou a nota.

O Corpo de Bombeiros explicou que atende ocorrências envolvendo árvores em locais onde há perigo para a população. “Essas árvores passam por uma avaliação para ver se realmente há necessidade de remoção e se ela está em perigo de queda iminente”. A corporação explicou que a árvore é cortada somente nesses casos.

Monitoramento

A Defesa Civil de Sorocaba confirmou a realização do Plano Verão 2020/2021, programa de mapeamento e atenção a áreas de risco, mais afetadas entre os meses de dezembro e março. Segundo o órgão, no período do Plano Verão 2019/2020, foram registradas 47 quedas de árvores, 34 em risco de queda e seis quedas de galhos. No ano todo, 159 árvores caíram na cidade.

Sobre fiscalização e manutenção das árvores, a Sema afirmou que realiza vistorias constantemente e emite laudos técnicos. “Nessa vistoria, é verificado qual o manejo necessário para cada exemplar (corte, poda, monitoramento) e providenciado pela própria Prefeitura, se estiver localizado em área pública”, explicou a pasta.

A secretaria esclareceu que aciona a CPFL quando as árvores estão próximas à rede elétrica e, em caso de risco iminente, o Corpo de Bombeiros deve ser avisado pelo munícipe. Árvores caídas e que colocam a população em risco são de responsabilidade da Defesa Civil.

A CPFL reforçou que tanto a poda quanto a supressão de vegetação devem ser solicitadas aos órgãos municipais de meio ambiente, que analisam o pedido e, se necessário, convocam a empresa para a realização do serviço.

Para as solicitações de podas de árvores, os munícipes devem providenciar a documentação necessária e encaminhar a uma das Casas do Cidadão ou ao Protocolo Geral, que fica no Paço Municipal, para autuação de processo administrativo. A lista dos documentos pode ser consultada no site da Secretaria de Meio Ambiente. (Erick Rodrigues)