Buscar no Cruzeiro

Buscar

Represas não passam por trabalho de desassoreamento

23 de Janeiro de 2020 às 00:01
Ana Claudia Martins [email protected]

Saae diz que precisa fazer um estudo dos reservatórios. Crédito da foto: Emídio Marques (16/3/2019)

 

O Saae Sorocaba informou que não faz atualmente um trabalho de desassoreamento, que é a remoção de areia, lodo e outros sedimentos nos mananciais, causados por ações humanas ou pelo desbarrancamento de terra.

Segundo o órgão, não é possível aferir um porcentual do nível do assoreamento dos mananciais que abastecem Sorocaba sem um estudo de topobatimetria das represas. “O Saae estuda a contratação destes levantamentos ao longo de 2020. Com os levantamentos do serviço de topobatimetria, a ser contratado pela autarquia, será possível analisar a real necessidade de desassoreamento de cada umas das represas. Se houver a necessidade apontada pelos levantamentos a serem realizados, a autarquia contratará o serviço de dragagem para remover a areia depositada no fundos das represas”, diz.

O Saae afirma ainda que as represas de responsabilidade do órgão municipal possuem um volume pequeno, sendo a afluência dos córregos o principal fator determinante para a manutenção do nível operacional das mesmas. “A dragagem, caso se mostre necessária, não modificará a vazão de afluência, e desta forma esse trabalho se constituiria apenas numa ação de manutenção das represas”, diz.

No entanto, o professor da UFSCar e coordenador da Câmara de Planejamento do Comitê de Bacias, André Cordeiro Alves dos Santos, discorda do posicionamento do Saae e diz que o desassoreamento dos mananciais é importante para aumentar o volume de reservação e melhorar a qualidade da água dos mananciais.

O professor afirma ainda que o assoreamento também ocorre devido às chuvas, quando o solo é lavado e os sedimentos são transportados por escoamento em direção aos rios e lagos, onde de acumulam. Por conta disso, principalmente na área urbana, os mananciais recebem, com as chuvas, todo o tipo de resíduos e lixos depositados nas ruas e calçadas. (Ana Cláudia Martins)