As cidades da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) receberam investimentos e ações da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo nos últimos três anos. Desde 2023, com base na Estratégia Climática estadual, foram realizadas obras e iniciativas em áreas como recuperação de rodovias, drenagem, saneamento, recuperação de rios, fiscalização ambiental, restauração de áreas degradadas e bem-estar animal.

O Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo deixou previstas para 2025 obras de pavimentação e reparos nas juntas de dilatação da ponte localizada no quilômetro 22 da rodovia SP-129, em Tatuí e Boituva. Também estão programados serviços de conservação especial e reabilitação da sinalização horizontal em trechos viários de Capela do Alto, Tatuí, Cesário Lange, Salto, São Roque e Itapetininga.

Na Região Administrativa de Sorocaba, o balanço indica 37 obras, sendo 24 concluídas, três em execução e dez em fase de licitação, totalizando mais de R$ 1 bilhão em investimentos e 582,51 quilômetros de extensão. Segundo a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, Natália Resende, cerca de 300 quilômetros de melhorias já foram concluídos. “São intervenções de pavimentação e sinalização para ampliar a segurança de quem utiliza essas rodovias para trabalho, turismo ou deslocamento diário”, afirmou.

Paralelamente às melhorias viárias, a drenagem urbana recebeu atenção ao longo do ano. No rio Sorocaba, em 2025, foram retirados cerca de 50 mil metros cúbicos de sedimentos, principalmente em trechos mais suscetíveis a alagamentos.

“Em parceria com as prefeituras, temos ampliado os investimentos tanto em obras viárias quanto em drenagem, incluindo o desassoreamento de rios e córregos da região. Esse trabalho é realizado por meio da SP Águas, agência criada para fortalecer a segurança hídrica e reduzir os impactos de enchentes”, explicou a secretária.

No rio Tietê, que atravessa municípios da RMS como Itu, Salto, Porto Feliz e Tietê, já foram retirados 4,7 milhões de metros cúbicos de sedimentos. “Isso equivale a aproximadamente 380 mil caminhões cheios, o que contribui para reduzir os impactos das cheias nos municípios ao longo do rio e de seus afluentes”, exemplificou Natália Resende.

Apesar das ações, a secretária ressalta que parte da população vive em áreas de várzea, o que mantém o risco de alagamentos em períodos de chuvas intensas.

Para sistemas de drenagem urbana, travessias e obras pluviais, o Fundo Estadual de Recursos Hídricos aprovou R$ 8,3 milhões para municípios como Araçoiaba da Serra, Boituva, Cesário Lange, Itu e Sarapuí.

Recuperação ambiental

Em setembro, a Floresta Nacional de Ipanema, localizada entre Araçoiaba da Serra e Iperó, registrou um incêndio que atingiu 973,6 hectares da unidade de conservação. De acordo com a secretaria, programas de restauração de áreas queimadas estão em andamento, inclusive em unidades de conservação. O programa Refloresta São Paulo oferece apoio técnico e financeiro a municípios, pequenos agricultores e comunidades.

Além disso, a fiscalização ambiental foi intensificada com o uso de tecnologia. “Temos ampliado o monitoramento por satélite em uma área superior a 3,5 milhões de quilômetros quadrados, o que permite identificar rapidamente alterações na vegetação nativa”, afirmou a secretária.

Bem-estar animal

Outro eixo de atuação da secretaria na Região Metropolitana de Sorocaba é o bem-estar animal, com ações voltadas ao cuidado de cães e gatos.

“Os investimentos são realizados em conjunto com os municípios, com foco na saúde única, na prevenção de zoonoses e na proteção das pessoas e do meio ambiente”, explicou Natália Resende.

Em Sorocaba, foi entregue neste ano o Hospital Veterinário Municipal “Cão Mayke”. Já em cidades da RMS foram instalados Pet Containers em municípios como Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Capela do Alto, Cerqueira César e Iperó.

Para ampliar o acesso aos serviços, a secretaria lançou o Programa Pró-Pet SP, que prevê o uso de ônibus equipados para atendimentos, castração e microchipagem em regiões com demanda reprimida. No primeiro ciclo, estão previstas 52.850 castrações até julho de 2026, em 256 municípios, com investimento de R$ 10,5 milhões. Na RMS, dez cidades serão contempladas: Alambari, Araçoiaba da Serra, Capela do Alto, Cesário Lange, Ibiúna, Iperó, Pilar do Sul, Porto Feliz, Salto de Pirapora e São Miguel Arcanjo.

Gestão de resíduos sólidos

A Região Metropolitana de Sorocaba, também, foi contemplada em chamamento público do Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (Fecop), voltado ao fortalecimento da gestão de resíduos sólidos urbanos. Nesta primeira etapa, 11 municípios da região foram classificados para receber veículos e equipamentos destinados à coleta, ao transporte e ao processamento de resíduos.

Entre os 530 municípios inscritos no edital em todo o Estado, 105 foram inicialmente selecionados. Na RMS, os caminhões destinados à coleta seletiva foram direcionados a Alumínio, Ibiúna e São Roque. Já os trituradores de galhos beneficiarão Boituva, Iperó e Tatuí, enquanto os caminhões coletores compactadores serão destinados a Capela do Alto, Cesário Lange, Pilar do Sul, Salto de Pirapora e Sarapuí.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, o chamamento encontra-se na fase de análise da documentação apresentada pelas prefeituras. Após a assinatura dos contratos, as próximas etapas incluem a emissão da Ordem de Financiamento e da Ordem de Serviço para entrega dos equipamentos, cujo prazo será definido em conjunto com os fornecedores.

O chamamento prevê investimento total de R$ 43,7 milhões, com recursos do Tesouro Estadual, destinados à aquisição de caminhões compactadores, veículos de coleta seletiva e trituradores de galhos. A seleção considerou critérios técnicos, como a existência de Plano Municipal de Gestão de Resíduos atualizado, participação em programas estruturantes e operação formalizada de coleta seletiva.

Planos para 2026

Para 2026, a secretária afirma que há um planejamento estruturado para a continuidade das ações. “O Estado tem um compromisso público com intervenções planejadas e estruturantes, voltadas à solução de problemas históricos da região”, afirmou.

Segundo Natália Resende, a combinação entre planejamento, recursos financeiros e presença do Estado é fundamental para enfrentar os desafios regionais de forma consistente.