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Saúde

Instituto Moriah alega atrasos de salários e rescisões por falta de repasses da Prefeitura de Votorantim

Comunicado interno aponta que pagamentos dependem da regularização financeira do município

04 de Dezembro de 2025 às 16:42
Da Redação [email protected]
Segundo o instituto, a suspensão dos repasses inviabilizou o cumprimento dos compromissos trabalhistas
Segundo o instituto, a suspensão dos repasses inviabilizou o cumprimento dos compromissos trabalhistas (Crédito: Lavínia Carvalho)

O Instituto Moriah, responsável pela gestão da UPA Central, UPA Infantil e Hospital Municipal de Votorantim, informou aos funcionários que salários e rescisões contratuais estão atrasados devido à falta de repasses da Prefeitura de Votorantim. A informação consta em um comunicado interno divulgado aos trabalhadores em 28 de novembro e divulgado pelo G1.

O documento afirma que a administração municipal enfrenta dificuldades financeiras e orçamentárias, o que teria impedido o pagamento das parcelas destinadas à manutenção das unidades de saúde. Segundo o instituto, a suspensão dos repasses inviabilizou o cumprimento dos compromissos trabalhistas.

“Assim que o Município efetuar os repasses devidos, todos os valores pendentes serão imediatamente quitados”, diz trecho do comunicado.

O Instituto Moriah também declarou manter “compromisso com a transparência e o respeito aos profissionais”, afirmando haver diálogo com a prefeitura para buscar uma solução rápida. A mensagem foi encaminhada aos colaboradores das três unidades geridas pela organização.

Contas públicas

A atual gestão de Votorantim anunciou, em setembro, uma série de medidas para conter a crise financeira enfrentada pelo município. Entre as ações estavam a redução do expediente administrativo para meio período, suspensão de horas extras, corte no fornecimento de marmitex para servidores, além do fechamento da UPA Infantil e de uma creche modelo inaugurada em 2024.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) emitiu alertas sobre arrecadação abaixo das metas e determinou a suspensão de licitações. A crise impactou ainda o transporte coletivo, com paralisações motivadas pela falta de pagamento a motoristas.

O Cruzeiro do Sul procurou o Instituto Moriah e também a prefeitura de Votorantim, mas até o fechamento da matéria não houve retorno dos envolvidos.