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Crime

Polícia Civil deflagra operação contra rede de lavagem ligada ao crime organizado em SP

O trabalho dos agentes resultou no bloqueio judicial de R$ 6 bilhões dos investigados

04 de Dezembro de 2025 às 07:40
Da Redação [email protected]
Justiça também determinou sequestro de bens e valores dos investigados
Justiça também determinou sequestro de bens e valores dos investigados (Crédito: Divulgação)

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou a Operação Falso Mercúrio, contra uma rede suspeita de lavar dinheiro para uma facção criminosa que atua no estado, na manhã desta quinta-feira (4). A ação, conduzida pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), cumpriu 54 mandados judiciais — seis de prisão e 48 de busca e apreensão — na capital e na Grande São Paulo. O trabalho dos agentes resultou no bloqueio judicial de R$ 6 bilhões dos investigados.

A Justiça também determinou o sequestro de 49 imóveis, 257 veículos e três embarcações, além do bloqueio de contas de 20 pessoas físicas e 37 empresas ligadas ao grupo.

Segundo a 3ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), os investigados montaram uma estrutura sofisticada para lavar dinheiro obtido com tráfico de drogas, estelionato e jogos de azar. A polícia aponta a existência de três núcleos articulados: coletores, responsáveis pela arrecadação dos valores ilícitos; intermediários, encarregados de movimentar e ocultar os recursos; e beneficiários finais, que recebiam o dinheiro já “limpo”.

Ao todo, 100 policiais civis participam da operação. O nome Falso Mercúrio faz referência ao deus romano associado ao comércio e à trapaça.

O secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, acompanhou a saída das equipes e destacou a dimensão da ofensiva. “É uma das maiores operações já deflagradas pela Polícia Civil contra a lavagem de capitais. Os envolvidos viviam uma vida de luxo e movimentavam milhões”, afirmou.

O diretor do Deic, delegado Ronaldo Sayeg, disse que esta é a maior investigação patrimonial e financeira já conduzida pelo departamento. “Seguimos a diretriz de descapitalizar o crime organizado e recuperar ativos”, declarou.

Os presos e o material apreendido serão encaminhados à 3ª DIG, que continua conduzindo as apurações.