Funcionárias responsáveis pela limpeza de escolas e creches municipais de Votorantim aguardam o pagamento do vale-refeição, benefício que, segundo elas, ainda não foi depositado. O atraso, que já dura quase duas semanas, motivou uma greve geral iniciada na sexta-feira (31), o que está reduzindo os serviços — quando ele ainda são feitos. As empregadas estão nessa situação desde o dia 20 de outubro.

A paralisação causa impacto direto nas unidades de ensino. O grupo afirma que só retomará o trabalho após o depósito do vale-refeição e dos salários. “Ninguém vai trabalhar até cair nosso VR e nosso pagamento. Vamos ficar aqui até resolverem. Se não resolverem hoje (3), voltamos amanhã (4)”, disse Sandra.

De acordo com as trabalhadoras, o problema é recorrente e, mesmo após promessas de resolução, o valor não foi repassado. “Desde o dia 20 era para cair o nosso VR, e até agora nada. Falam que vai cair, que estão resolvendo, mas nada acontece”, relatou Mariana Silva, de 30 anos, uma das funcionárias.

Na última sexta-feira, o grupo já havia se reunido em frente ao Paço Municipal de Votorantim para cobrar respostas. Segundo as participantes, não houve contato direto com o prefeito, e as respostas seguem vagas. “Um joga pro outro, e até agora ninguém resolveu nada”, afirmou uma da manifestantes, Sandra Arantes.

A situação preocupa as trabalhadoras, que temem ficar sem garantias trabalhistas caso a empresa deixe o contrato. “A gente só quer o nosso direito. Não queremos brigar, não queremos saber de político. Só queremos receber”, reforçou Cassilda Carmago, de 64 anos.

Enquanto aguardam uma solução, as funcionárias seguem concentradas em frente ao Paço Municipal, pedindo apenas o básico: o direito de receber pelo trabalho realizado.

A empresa e a Prefeitura de Votorantim foram questionadas para comentar o assunto, mas ainda não enviaram respostas. O espaço segue aberto. (Da Redação)