Celebração
Cerimônia das Velas em Mairinque é marcada por emoção e reflexão
A programação, que teve início com o acender das velas, prosseguiu com uma missa celebrada pelos padres Eduardo Aparecido e Marco Aurélio
Em clima de emoção e reflexão, centenas de pessoas participaram da tradicional Cerimônia das Velas em Mairinque, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), na noite deste sábado (1°). Além do “caminho de luzes”, a programação, no Cemitério Municipal, contou com uma missa especial que também celebra o Dia de Todos os Santos.
A cerimônia chega à sua 28ª edição e, neste ano, foram distribuídas cerca de quatro mil velas pelas ruas do cemitério. Com o anoitecer, a iluminação delas trouxe um sentimento de leveza e paz, sentida ano após ano pelas irmãs Marlene Aparecida Camparini Baglini e Norimar Maria Camparini Camargo. “A gente vem sempre e é uma recordação boa. É uma paz que não sentimos em nenhum lugar mais”, comenta dona Marlene, de 77 anos.
Dona Norimar participa desde a primeira edição, em 1998, quando foi organizada pelo administrador do cemitério à época. Agora, em 2025, é a primeira vez que a organização é feita totalmente pela prefeitura. “Mesmo sendo basicamente a mesma programação, a cada ano a experiência é diferente, mas igualmente emocionante. É uma celebração muito importante para a gente”, conta a aposentada.
O acender da vela é feito pela população e voluntários da comunidade católica de Mairinque. “Já ajudamos a acender e é sempre um momento muito especial. Deixamos flores para os falecidos também e aproveitamos para homenageá-los durante a cerimônia das velas, porque não costumamos voltar no Dia de Finados. Fazemos tudo hoje”, acrescenta Norimar, de 78 anos.
Foram ao menos 800 participantes e, vários deles, pela primeira vez. É o caso da auxiliar de logística Kete Aparecida Pedro de Sousa Braga. A moradora de Mairinque estava indo para a missa na igreja matriz da cidade quando sentiu que deveria vir para o cemitério municipal. “Já queria vir, na verdade, mas nunca dava certo e hoje, felizmente, deu.”
A fiel de 46 anos trouxe os dois filhos, Matheus e Maria, para acompanhar a celebração e também trazer flores e visitar os túmulos da mãe, irmã, tia, avó e pai, que faleceu há um ano. “É bom eles estarem aqui para aprenderem e sentir que a morte não precisa vir acompanhada apenas de tristeza, mas também pode ter lembrança e a consciência de que eles estão em um lugar melhor, ao lado de Deus”, acrescenta.
A programação, que teve início com o acender das velas, prosseguiu com uma missa celebrada pelos padres Eduardo Aparecido e Marco Aurélio, das paróquias São José e Nossa Senhora Aparecida, respectivamente.
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