O ex-vereador de Tatuí, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), Cláudio dos Santos, mais conhecido como “Claudião Oklahoma”, foi preso em Porto Feliz após mais de dois meses foragido. Ele foi condenado pela justiça por praticar misognia e racismo contra mulher e deve cumprir a pena em regime semiaberto.

Cláudio estava foragido desde o dia 3 de setembro e, conforme a defesa dele, o ex-vereador se apresentou voluntariamente ao Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Porto Feliz para o cumprimento da decisão judicial na última quinta-feira, dia 23.

Ainda em nota, as advogadas Lilian Oliveira e Lucilene Garcia, disseram que “a defesa não se manifesta, neste momento, sobre o mérito dos fatos divulgados, reservando-se o direito de fazê-lo oportunamente, nos limites do processo judicial e conforme o que dispõem a Constituição e a legislação vigente.” O esclarecimento traz, ainda: “A defesa repudia qualquer conclusão especulativa e reitera seu compromisso com a verdade, a transparência e a estrita observância do devido processo legal.”

O Cruzeiro do Sul questionou o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) sobre os detalhes da condenação, mas o órgão informou que “como o processo encontrado trata apenas da execução da pena, não há informações sobre o delito ou pena fixada.”

Entenda o caso

Em março de 2022, Cláudio foi acusado de misognia e racismo após proferir xingamentos em um grupo de WhatsApp contra uma mulher. No texto, o então parlamentar, usava palavras como “carvão queimado” e “chita”. Além dos xingamentos direcionados à vítima, Cláudio também desferiu agressões verbais contra o filho da mulher. “É tão feio que acho que criaram a placenta e jogaram o feto fora”, citava uma das mensagens. Na ocasião, o parlamentar se defendeu alegando que tratava-se de montagens para o prejudicar.

O caso teve ampla repercussão e, na Câmara de Tatuí, foi instaurada uma Comissão Processante para analisar os indícios da denúncia e possível cassação do mandato. Na sessão de julgamento, realizada em julho de 2022, 16 parlamentares votaram a favor da perda de mandato de Cláudio, além de deixá-lo inelegível por oito anos. O mandato de “Oklahoma” durou pouco mais de um ano. (Da Redação)