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Monitoramento

São Paulo desenvolve protocolo para identificar metanol em bebidas alcoólicas

O sistema foi desenvolvido para acelerar as análises em meio ao aumento da demanda por perícias relacionadas a possíveis casos de contaminação

09 de Outubro de 2025 às 19:25
Da Redação [email protected]
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Boletins com atualizações sobre os casos são publicados diariamente pela Agência de Notícias do Governo de São Paulo (Crédito: Divulgação/Secretaria de Segurança Pública)

A Polícia Técnico-Científica de São Paulo criou um novo protocolo para detectar a presença de metanol em bebidas alcoólicas, com o objetivo de auxiliar investigações de intoxicação. O procedimento, anunciado nesta quinta-feira (9), é o primeiro do tipo no país e já está sendo compartilhado com outros estados.

O sistema foi desenvolvido para acelerar as análises em meio ao aumento da demanda por perícias relacionadas a possíveis casos de contaminação. De acordo com a perita Karin Kawakami, o método foi baseado em protocolos internacionais, mas adaptado para a realidade local.

A identificação segue três etapas principais. A primeira define uma amostragem estatística das bebidas apreendidas, o que permite alcançar resultados com até 99% de confiabilidade sem a necessidade de examinar todos os recipientes. Em seguida, o Núcleo de Documentoscopia analisa elementos como lacres, selos, embalagens e rótulos. Já o Núcleo de Química utiliza equipamentos portáteis que conseguem identificar substâncias como metanol em garrafas lacradas.

O processo é concluído com exames laboratoriais, como a cromatografia gasosa, que aponta a proporção de metanol e outras substâncias presentes na bebida. Também são realizados testes para verificar se o produto é falsificado.

Segundo a Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC), 30 casos já foram analisados com base nesse protocolo. As ações integram o trabalho do gabinete de crise estadual que atua desde setembro na resposta a casos de contaminação por metanol. Medidas de saúde, segurança pública e comunicação com a população foram intensificadas desde então.

Boletins com atualizações sobre os casos são publicados diariamente pela Agência de Notícias do Governo de São Paulo.