A tempestade que atingiu Porto Feliz e provocou estragos significativos em diferentes pontos da cidade indica que o fenômeno esteve relacionado a uma microexplosão atmosférica. A velocidade do vento chegou a aproximadamente 95 km/h, mas não caracterizaram um tornado. As informações são da Defesa Civil, divulgadas nesta quinta-feira (25).

Após análises, o órgão concluiu que as fortes rajadas de vento na tarde de segunda-feira (22), associadas ao sistema atmosférico provocaram danos estruturais significativos em edificações industriais e residenciais, evidenciando a severidade do fenômeno.

A análise ainda indica que as imagens de radar meteorológico e de satélite confirmaram que se tratou de um evento de grande intensidade, caracterizado por instabilidade bem organizada e de forte impacto local. Entretanto, apesar da gravidade observada em superfície, os registros disponíveis não indicam que o episódio possa ser classificado como um tornado.

Isso porque, em nenhuma das imagens analisadas, verificou-se a presença de uma assinatura típica desse tipo de fenômeno, conhecida em meteorologia como “eco de gancho” (hook echo), que corresponde à configuração característica nos radares durante a ocorrência de vórtices tornádicos. Conclui-se então, que o evento foi causado por ventos lineares de alta intensidade, associados à própria dinâmica das linhas de instabilidade, e não por um tornado, embora seus efeitos em termos de destruição tenham sido expressivos

Estragos pela cidade

A tempestade de segunda-feira também causou estragos em outros pontos de Porto Feliz. Quedas de árvores e de fiação, bem como destelhamentos em casas e estabelecimentos. Diante dessa situação, a Prefeitura de Porto Feliz decretou estado de emergência.

O caso de maior impacto ocorreu na fábrica da Toyota, localizada na cidade. Grande parte de suas estruturas foram danificadas pelas rajadas de vento. (Da Redação)