A produção de motores na fábrica da Toyota em Porto Feliz está paralisada devido aos danos causados por uma tempestade na tarde de segunda-feira (22). A estrutura foi quase completamente destelhada pelo vento, que chegou a uma velocidade de 95 quilômetros por hora no município, segundo dados do Centro Nacional de Alertas e Desastres Naturais (Cemaden).

Conforme nota enviada nesta terça-feira (23) pela montadora ao Cruzeiro do Sul, um relatório de danos está sendo elaborado. Portanto, ainda não há detalhes dos prejuízos causados pelo vendaval e pelas fortes chuvas. Não havia, até ontem, previsão de retomada da produção. Uma equipe de reportagem esteve no município, ao lado do pátio fabril da Toyota. No local, havia estruturas metálicas retorcidas e carros tombados.

Em relação aos funcionários, a montadora informou que não houve fatalidades e que todos os trabalhadores que operavam no local estão recebendo a devida assistência médica.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) comunicou, também em nota, que 30 funcionários tiveram ferimentos leves. Todos eles passaram por atendimento médico e foram liberados, de acordo com o sindicato.

A unidade da Toyota de Porto Feliz é responsável pela produção de motores usados nos modelos fabricados no Brasil e também exportados. A montadora tem outra fábrica, de veículos, em Sorocaba, que está em expansão.

Embora os danos inesperados provocados pelo temporal não tenham deixado nenhum funcionário ferido em estado grave, o SMetal ressaltou que a paralisação deve causar impactos. De acordo com o sindicato, a interrupção das atividades deve afetar, inclusive, a unidade da Toyota de Sorocaba, que depende dos motores fabricados na planta de Porto Feliz.

Representantes do Smetal devem se reunir nesta quarta-feira (24) com a direção da Toyota, em Sorocaba, para acompanhar os desdobramentos dos danos na fábrica de motores de Porto Feliz.

A tempestade de segunda-feira também causou estragos em outros pontos de Porto Feliz. Quedas de árvores e de fiação, bem como destelhamentos em casas e estabelecimentos, também foram registrados. Diante dessa situação, a Prefeitura de Porto Feliz decretou estado de emergência.

O Cruzeiro do Sul questionou a administração municipal a respeito dessas ocorrências, além de eventuais vítimas, desalojados e planos de contingência. Até o início da noite de ontem não houve retorno.