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Aniversário

Salto celebra 327 anos de história

Município mistura raízes culturais e desenvolvimento urbano na Região Metropolitana de Sorocaba

16 de Junho de 2025 às 12:22
Da Redação [email protected]
Praça da Igreja Matriz
Praça da Igreja Matriz (Crédito: Divulgação/Prefeitura de Salto)

O município de Salto comemora, nesta segunda-feira, 16 de junho, 327 anos. Localizada na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), Salto se destaca não apenas pela beleza natural de suas paisagens, com o Rio Tietê e o Parque Rocha Moutonnée, mas também por sua importância histórica e pelo crescente desenvolvimento urbano e econômico.

Com uma população estimada em mais de 140 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Salto combina tradição e modernidade. A cidade é conhecida por valorizar suas raízes, preservando marcos como o Memorial do Tietê, a antiga Fábrica Brasital e o Complexo da Cachoeira, que seguem como pontos turísticos e de encontro para moradores e visitantes.

Em comemoração ao aniversário da cidade, neste ano, a Prefeitura promoveu uma série de eventos gratuitos, como shows musicais, feira de artesanato e feira de livros. No sábado (14), das 9h às 12h, na Praça Arquimedes Lamoglia, no Centro, a manhã foi dedicada à arte, música e cultura, com exposições artísticas, Espaço do Artesão e apresentações da Big Band e do Grupo Chorata, do Conservatório Municipal. Já no domingo (15), das 9h às 12h30, houve contação de histórias, intervenções poéticas, música ao vivo, exposição de artistas locais, atividades interativas e feira de troca de livros.

 

História

Segundo a prefeitura da cidade, a região onde está a cidade de Salto está entre as primeiras povoadas. Registros históricos dão conta da presença de uma aldeia dos índios guaianás ou guaianazes, do tronco Tupi-Guarani, nas redondezas da cachoeira, à qual chamavam Ytu Guaçu, Salto Grande em língua nativa.

 Segundo a Prefeitura, a região onde hoje está localizada a cidade de Salto está entre as primeiras povoadas. Registros históricos indicam a presença de uma aldeia dos índios guaianás ou guaianazes, do tronco Tupi-Guarani, nas redondezas da cachoeira, à qual chamavam Ytu Guaçu, que significa Salto Grande na língua nativa.

Já no final do século XVII, o território onde hoje está Salto pertencia ao Sítio Cachoeira, uma propriedade particular inserida em terras da antiga Capitania de São Vicente. O local foi adquirido pelo capitão Antônio Vieira Tavares e sua esposa, Maria Leite, que obtiveram permissão para construir uma capela em sua fazenda. A bênção do templo e a primeira celebração religiosa ocorreram em 16 de junho de 1698, data que passou a ser reconhecida como a fundação oficial do município.

Pouco tempo depois, em 1700, o casal doou suas terras, juntamente com escravizados e indígenas que viviam na região, à Capela de Nossa Senhora do Monte Serrat. A pequena comunidade formada ao redor do templo e da lavoura manteve-se, por muitos anos, como um bairro rural da vila de Itu.

O desenvolvimento de Salto ocorreu apenas na segunda metade do século XIX, impulsionado pelo cultivo da cana-de-açúcar, além de lavouras menores de café e algodão, que permitiram a formação de capital local. A localização estratégica próxima à queda d’água do Rio Tietê foi decisiva para os primeiros investimentos industriais, que se intensificaram com a chegada dos trilhos da Companhia Ituana de Estrada de Ferro, em 1873.

Esse processo de industrialização atraiu um grande número de imigrantes europeus, especialmente italianos, que passaram a trabalhar nas fábricas têxteis ou a se estabelecer como pequenos agricultores e comerciantes. O capital estrangeiro também se fez presente: as duas primeiras fábricas do município acabaram se unindo e sendo adquiridas por empresários europeus, por meio da Società per l’Esportazione e per l’Industria Italo-Americana.

Essa transição resultou, em 1919, na criação da Brasital, indústria que se tornou o principal motor econômico e social da cidade por décadas. A empresa não apenas empregava grande parte da população, como também foi responsável pela formação das vilas operárias e pela consolidação de um estilo de vida que moldou profundamente a cultura local.

Nos anos seguintes, a cidade passou a ser conhecida como a “Pequena Manchester Paulista”, em referência ao centro industrial britânico, devido à concentração de indústrias.

Atualmente, a economia do município tem ganhado destaque nos setores da indústria, serviços, agronegócio, construção civil e comércio.

 

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