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Infraestrutura

Necessidade de marginais na Raposo, em Itapetininga, começa a ser discutida

Trânsito se tornou mais intenso no trecho urbano da rodovia no município da Região Metropolitana de Sorocaba

25 de Fevereiro de 2025 às 21:30
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Além do tráfego normal, a Raposo Tavares (SP-270) recebe fluxo de veículos de moradores que se deslocam de um bairro para outro
Além do tráfego normal, a Raposo Tavares (SP-270) recebe fluxo de veículos de moradores que se deslocam de um bairro para outro (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (21/2/2025))


A duplicação da rodovia Raposo Tavares (SP-270) entre Araçoiaba da Serra e Itapetininga ficou pronta há mais de 10 anos. As obras começaram em julho de 2011 e foram finalizadas em 2014. Além da duplicação de 25 quilômetros de pista, houve a implantação de cinco alças de acesso e retorno e implantação de duas pontes. A duplicação vai do km 132,62 (Capela do Alto) ao km 158,4 (Itapetininga). Em 2011, foi entregue mais um lote de duplicação e melhorias em 50 quilômetros, no trecho entre Itapetininga, Angatuba e Campina do Monte Alegre. Contudo, no trecho urbano de Itapetininga, entre os quilômetros 151 ao 168, não há pistas marginais, como existem em Sorocaba.

Para o motorista de caminhão Ronildo Aparecido Garcia, 44 anos, há um aumento de trânsito considerável na principal via que atravessa o município da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). “Futuramente vai precisar com certeza. Tem muitos caminhões e outros veículos passando por aqui, e algumas vezes fica lento”, explica. Ele dirige caminhões há 19 anos e cita que a região tem potencial para melhorar nesse aspecto.

O Sindicato Rural de Itapetininga é a favor da construção de marginais da Raposo. “Trata-se de um importante incremento na estrutura viária de forma geral (...). É importante destacar ainda que com essas marginais a população local não seria prejudicada em seus deslocamentos médios no entorno de nossa cidade, prevenindo sobremaneira futuros pontos de congestionamento”, diz o sindicato em nota assinada pelo presidente Roberto Kenkiti Ueno.

A entidade acrescenta mais um ponto: o reforço de segurança que uma marginal exigiria, “dada a circunstância de que essas vias marginais teriam a sua velocidade média reduzida com acesso facilitado ao interior da cidade de Itapetininga, diferentemente do que se observa atualmente, pois não rara as vezes a utilização do atual trecho urbano apresenta acidentes”.

O Sindicato Rural de Itapetininga também levantou outra questão, não relacionada às marginais, mas que representa um problema na rodovia para produtores rurais da região. São 10 km de percurso a mais, saindo do km 156 da Raposo Tavares, no sentido oeste. Eles encontram um retorno apenas no km 151 (já no município de Sarapuí), de acordo com o sindicato.

A Prefeitura de Itapetininga foi consultada e indicou a concessionária SP Vias, que administra o trecho. No contrato de concessão, a concessionária informou que não há previsão de marginais no trecho de Itapetininga. Já a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), afirmou que não há no momento projetos para implantação de marginais no trecho indicado da Raposo Tavares. A Secretaria de Parceria e Investimentos do Estado de São Paulo foi consultada, na mesma linha, e afirmou que “eventuais melhorias nesse trecho estão em tratativas no contrato vigente (com a SPVias)”.

Lote Paranapanema

O edital de concessão do Lote Paranapanema, também na rodovia Raposo Tavares, que abrange 282 km entre Itapetininga e Ourinhos, está previsto para o segundo trimestre de 2025.

A Secretaria de Parcerias em Investimentos informa que o Lote Paranapanema contempla a ampliação, operação e manutenção de 282,3 quilômetros de rodovias, beneficiando 13 municípios na região do sudoeste do Estado de São Paulo. “Com duração de 30 anos, a parceria público-privada prevê um investimento de R$ 4,7 bilhões para modernizar a infraestrutura viária, melhorando a mobilidade, a segurança e fortalecendo o corredor logístico da região.”

Segundo o comunicado, no trecho da futura concessão da Raposo Tavares estão previstas marginais em pontos estratégicos, como Jardim Bela Vista e Vila Mazzei. A secretaria reforça que, a partir do km 151,9 até o 168,21 (o foco da reportagem) a rodovia está sob concessão da SPVias, que informou que aguarda o edital do novo lote ser finalizado.

A pasta finaliza que “(...) o Lote Paranapanema, neste momento, está em análise após as contribuições recebidas durante a consulta e as audiências públicas realizadas entre os dias 9 de dezembro e 10 de janeiro; portanto, algumas informações estão sujeitas a alterações”. (Tom Rocha)

 

 

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