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Nova gestão

Instituto Moriah deve assumir a gestão das UPAs de Votorantim

17 de Fevereiro de 2025 às 21:30
Vanessa Ferranti [email protected]
Em janeiro, trabalhadores paralisaram as atividades reclamando da falta de pagamento
Em janeiro, trabalhadores paralisaram as atividades reclamando da falta de pagamento (Crédito: ARTHUR BRANÇAM MANOEL)

A Prefeitura de Votorantim formalizou um termo de colaboração com o Instituto Moriah para a gestão, operacionalização e a execução dos serviços de saúde nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Central e Infantil do município. A informação foi publicada, na sexta-feira (14), na imprensa oficial.

Segundo o documento assinado pelo prefeito Weber Manga (Republicanos), o acordo foi feito por meio de dispensa de chamamento público, com base no artigo 30 da Lei Federal nº 13.019/2014. Segundo a publicação, há um prazo de cinco dias, a partir de sexta-feira, para eventuais contestações ao processo.

O Instituto Moriah tem contrato com a Prefeitura de Votorantim desde 2014 e executa a gestão do Hospital Municipal. O Cruzeiro do Sul entrou em contato com a prefeitura e com o Moriah para obter mais detalhes sobre a nova parceria e aguarda retorno. Já o Sindicato da Saúde de Sorocaba e Região (Sinsaúde) informou que tem uma reunião agendada para amanhã (19) com o instituto.

Falta de pagamento

Em 13 de janeiro, dezenas de trabalhadores das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Central e Infantil de Votorantim, sob gestão da OS Avante Social, decidiram paralisar as atividades devido ao atraso no pagamento dos salários. Na mesma noite, os profissionais interromperam o ato após a prefeitura se comprometer a pagar os vencimentos devidos, mediante acordo judicial.

O valor de R$ 2,5 milhões para a quitação dos salários, das férias proporcionais e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi depositado em 21 de janeiro. Na ocasião, Pablo Pistilla, vice-presidente do Sinsaúde, contou que a prefeitura não havia realizado o repasse à Avante Social, há dois meses e, por este motivo, não teria sido feito o pagamento dos salários.

Assim que assumiu o mandato, o prefeito Weber Manga, ao lado do secretário de Finanças, João Luis de Sousa, convocou a imprensa para revelar falta de caixa do município. Ele disse que a gestão anterior, que tinha como prefeita Fabíola Alves (PSDB), usou a fonte 1 (recursos de arrecadação de impostos) para pagar obras e outros projetos. A antecessora rebateu e classificou as declarações como precipitadas.

Já a Avante Social, quando questionada pelo Cruzeiro do Sul, não se manifestou sobre o atraso dos salários dos trabalhadores.