O dinheiro para pagamento do salário atrasado dos funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central já foi depositado em uma conta judicial. Quem garante é o prefeito de Votorantim, Weber Manga (Republicanos). Na manhã de ontem (20), ele visitou as instalações da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA), mantenedora do Cruzeiro do Sul e do Colégio Politécnico, e deu entrevista ao Jornal da Cruzeiro, da rádio Cruzeiro FM 92,3. “Optamos por travar este dinheiro para garantir o salário e o bom atendimento da UPA Central”, afirma.

Por sua vez, o Sindicato da Saúde de Sorocaba e Região (Sinsaúde) alega que, pelo menos até ontem, não constava dos autos o comprovante do depósito. Os salários estariam atrasados desde o quinto dia útil por causa da demora, por parte do Executivo, em pagar a Avante Social, organização responsável pela gestão da UPA, atesta o vice-presidente do Sinsaúde, Pablo Pistilla.

Pablo explica ainda que a prefeitura alega que não repassou o dinheiro à Avante Social por falta de comprovação da documentação e prestação de contas solicitadas. Por isso, visando garantir o pagamento dos salários, na quinta-feira (16) passada o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região determinou que a prefeitura depositasse o valor de R$ 2,5 milhões em uma conta judicial.

O Cruzeiro tentou contato, algumas vezes, por e-mail e telefone com a Avante Social, mas até o momento não obteve retorno.

Finanças

Assim que assumiu o mandato, Weber Manga, ao lado do secretário de Finanças, João Luis de Sousa, convocou a imprensa para revelar que a gestão anterior — tinha como prefeita Fabíola Alves (PSDB) — usou a fonte 1 (recursos de arrecadação de impostos) para pagar obras e outros projetos. A antecessora rebateu e classificou como precipitadas as declarações.

Ontem, o atual prefeito contou que está colocando a casa em ordem. “A equipe de finanças me passou como está todo o planejamento para este primeiro semestre. Estamos cumprindo os nossos compromissos com os fornecedores, salários e pagamos as férias atrasadas. Estamos conseguindo regularizar quase tudo”, conclui. (Vanessa Ferranti)