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Polícia Civil

Namorado suspeito de matar moradora de Itu é preso no Rio de Janeiro

Michele Pedroso Gavioli, de 26 anos, está desaparecida desde o último sábado (16); polícia investiga se é dela o corpo encontrado carbonizado dentro de carro

20 de Novembro de 2024 às 14:20
Vinicius Camargo [email protected]
Michele Pedroso Gavioli está desaparecida desde sábado (16)
Michele Pedroso Gavioli está desaparecida desde sábado (16) (Crédito: Reprodução/Redes Sociais)

*Atualizada às 15h04

O namorado de Michele Pedroso Gavioli, de 26 anos, principal suspeito de matá-la, foi preso nesta terça-feira (19), no Rio de Janeiro. A moradora de Itu está desaparecida desde o último sábado (16). A polícia investiga se é dela o corpo encontrado carbonizado dentro de um carro na rodovia Castello Branco (SP-280), em Sorocaba, naquele dia. A vítima ainda não foi identificada. 

Segundo a Polícia Civil, o acusado, de 21 anos, encontra-se à disposição da Justiça. O mandado de prisão temporária foi expedido no domingo (17) e, desde então, ele era considerado foragido. 

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Itu segue investigando o caso. De acordo com a delegada titular da unidade, Marcia Pereira Cruz, o inquérito foi instaurado na segunda-feira (18) e está em fase de coleta de provas. A polícia também aguarda os laudos periciais solicitados. "Acreditamos que Michele foi vítima de feminicidio, porém, não podemos afirmar até a conclusão dos exames periciais", diz a delegada. 

Relacionamento conturbado

Conforme Milena Pedroso Gavioli, irmã de Michele, o casal namorava há cerca de cinco meses e o relacionamento sempre teve muitas brigas, devido ao ciúme excessivo do suspeito. Ela conta que, durante as discussões, o acusado ameaçava e cometia abusos psicológicos contra a vítima. "Ela não podia conversar com ninguém, não podia respirar perto de outra pessoa que ele já ficava bravo com ela, já queria ficar brigando, era terrível."

Ainda segundo Milena, por causa dessa situação, os dois terminavam e voltavam frequentemente. Inclusive, tiveram uma separação recente e haviam reatado pouco tempo antes do desaparecimento da jovem. 

Desaparecimento 

No domingo (17), de acordo com o boletim de ocorrência, o pai de Michele acionou a Guarda Civil Municipal (GCM) e contou que a filha havia desaparecido. Ele disse estar na casa dela, no bairro Cidade Nova, onde encontrou manchas de sangue, e apontou a possibilidade do namorado tê-la matado. 

Guardas foram até o local e chamaram a Polícia Civil. Lá, os policiais acharam vestígios de sangue no corredor externo e no batente da porta do quarto. A perícia foi acionada e apreendeu um facão aparentemente com sangue também, além de um celular. 

Os agentes obtiveram imagens de câmeras de segurança que mostram quando o casal chega à residência da vítima na madrugada de sábado, à 01h17. Cerca de uma hora depois, o suspeito sai com a namorada no colo, a coloca no carro dela e volta para a residência. Depois, sai novamente, tranca o portão, entra no veículo e vai embora. 

Corpo carbonizado 

Segundo o registro policial, o carro encontrado em chamas no quilômetro 84 da rodovia Castello Branco, em Sorocaba, na madrugada de sábado (16), é de Michele. Havia uma pessoa morta dentro do veículo, mas, devido ao estado de carbonização, ainda não se sabe se é ela. O corpo continua no Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba. 

Naquele dia, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a concessionária que administra o trecho foram acionados para atender a uma ocorrência de fogo em automóvel. Após a contenção das chamas, as equipes encontraram a vítima.