** matéria atualizada às 18h22

As Polícias Civis de Itapetininga, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, deflagraram, na manhã desta terça-feira (17), a quarta fase da Operação Grãos da Terra, que investiga um esquema de desvio de toneladas de cereais em Itapetininga e Pilar do Sul.

De acordo com a Polícia Civil, a investigação identificou um núcleo financeiro de uma organização criminosa consistente em empresas ligadas à securitização e ao comércio de cereais, que seriam responsáveis pela movimentação e dissimulação dos ativos provenientes de fraude realizada anteriormente por empresários do ramo do agronegócio.

As vítimas tiveram prejuízos de aproximadamente R$ 100 milhões. Ainda conforme a polícia, se for levado em consideração outras instituições prejudicadas, o valor do montante chega a cerca de meio bilhão de reais.

Os mandados de busca e apreensões foram cumpridos em oito locais, incluindo três empresas do setor de comércio de cereais - duas localizadas em Pilar do Sul e uma em Itapetininga - além das residências dos sócios proprietários dessas empresas e de dois outros investigados.

Durante o cumprimento das ordens judiciais, as equipes apreenderam valores em espécie, tanto em moeda nacional quanto estrangeira, além de documentos, passaportes e aparelhos celulares. Também foram recolhidas diversas armas de fogo para verificar a regularidade da qualidade de atirador desportivo dos investigados.

A operação contou com a colaboração de diversas unidades policiais civis, incluindo a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), a Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE) e o Centro de Inteligência Policial (CIP) de Itapetininga, equipes da região, além do Grupo de Operações Especiais (GOE) de Sorocaba e agentes do GAECO do Ministério Público.

A investigação segue em andamento, e novos desdobramentos podem surgir à medida que mais evidências são analisadas e processadas.

Empresas da região

Duas das maiores empresas do ramo agrícola nas cidades alvo da operação se pronunciaram em suas redes sociais. Em resumo, os responsáveis afirmaram terem sido surpreendidos com a chegada dos policiais e que tal ação não afeta o funcionamento das empresas visto que os contratos e relações comerciais foram feitos de forma regular.