A Prefeitura de Itapetininga informou que a notícia sobre golpes aplicados na cidade por falsos agentes de saúde no combate à dengue se trata de fake news. Circulam nas mídias sociais um vídeo e um áudio sobre duas golpistas que estariam praticando crimes no município durante supostas visitas domiciliares. Mas, na verdade, o esquema foi constatado em Mogi Mirim, no interior de São Paulo.

Imagens mostram duas mulheres usando coletes azuis, com os dizeres Vigilância em Saúde em amarelo, caminhando por uma rua e indo em direção a casas.

De acordo com a Prefeitura de Votorantim, os agentes do setor de Controle de Vetores, responsáveis pelas ações contra a dengue, usam coletes e uniformes de identificação “completamente diferentes” das mulheres mostradas no vídeo. Os agentes de Itapetininga também utilizam crachás de identificação oficial.

Em caso de dúvida ou suspeita, o morador pode entrar em contato com o setor pelo telefone (15) 3273-2567, ou acionar a Guarda Civil Municipal (GCM), pelo número 153, recomenda a administração municipal.

A circulação da informação falsa prejudica o trabalho de combate à dengue na cidade porque moradores, desconfiados, não permitem a entrada dos agentes para as fiscalizações de rotina.

De acordo com a nota publicada no site da Prefeitura de Itapetininga, essa conduta prejudica o trabalho dos profissionais e, consequentemente, as iniciativas de prevenção à doença.

“A Prefeitura de Itapetininga lamenta profundamente que pessoas mal-intencionadas propaguem fake news, podendo comprometer o trabalho sério e extremamente necessário dos agentes de Controle de Vetores no combate à dengue, diante de um cenário em que, até o momento, a doença já conta com mais de quatro mil casos e três óbitos no município.”

Mogi Mirim confirma

Por meio de um comunicado, a Secretaria de Saúde de Mogi Mirim confirmou a prática do golpe na cidade. As mulheres foram vistas no Jardim Silvânia e Jardim Longatto, se passando por funcionárias do posto de saúde da zona norte. Segundo a administração municipal, elas alegavam atuar no combate à dengue, porém, tentavam entrar nas casas para furtá-las.

A Secretaria da Saúde de Mogi Mirim orientou os moradores a não permitir a entrada de pessoas suspeitas. Além disso, essas mulheres tinham uniforme diferente do modelo usado pelos agentes.