Crime
Gaeco desmantela organização criminosa formada por policiais civis e GCM para extorquir dinheiro
Os mandados foram cumpridos, nesta terça-feira (26), em Itu e Indaiatuba
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), cumpriu 17 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão temporária em Indaiatuba e Itu, nesta terça-feira (26). Identificada como Operação Chicago, a ação teve como objetivo desmantelar uma organização criminosa por policiais civis e guardas municipais para extorquir dinheiro de empresários.
Segundo o MPSP, entre os investigados estão um delegado de Polícia, dois investigadores, um escrivão, dois guardas-civis de Indaiatuba e três advogados.
A método usado pela organização criminosa consistia em invadir estabelecimentos comerciais, subtração indevida de bens e valores das vítimas com decretação de prisões abusivas, utilizando-se da atuação específica de polícia judiciária (boletins de ocorrência, inquérito, relatórios investigatórios, entre outros) para sustentar exigências ilícitas de pagamento de vantagens indevidas como preço de “resgate” da prisão decretada ou como garantia de não investigação.
Conforme o Gaeco, com base nas investigações, em um ano mais de 10 empresários foram vítiamas dos crimes, em especial das extorções. A exigência de valores variava de R$1 milhão a R$3milhões.
Para cumprimento das ordens judiciais, houve a mobilização de 15 promotores de Justiça, 10 servidores do MPSP, 94 policiais militares -- por meio do Batalhão de Ações Especiais -- e 19 policiais civis, representada pela Corregedoria.
A denominação da operação remete a Chicago dos anos 20 e 30, perído em que gangsters governavam a cidade à base de violência, desprezando a lei e criando fortunas com os crimes. (Da Redação)