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Votorantim

Moradores e comerciantes reclamam de ‘bagunça’ no Rio Acima

Motociclistas e motoristas, segundo os reclamantes, perturbam a ordem na avenida Octávio Augusto Rangel

03 de Janeiro de 2024 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Os frequentadores prosseguem com a aglomeração mesmo depois que o bar fecha
Os frequentadores prosseguem com a aglomeração mesmo depois que o bar fecha (Crédito: CORTESIA)

Moradores e comerciantes reclamam de transtornos causados por aglomerações na avenida Octávio Augusto Rangel, no bairro Rio Acima, em Votorantim. Segundo fontes ouvidas pelo Cruzeiro do Sul, grupos de pessoas se reúnem em um bar situado na via e, mesmo após o fechamento do local, permanecem ali durante a madrugada. Os entrevistados dizem ser incomodados pelo “barulho intenso, consumo de drogas desenfreado e sujeira”.

De acordo com um morador, que preferiu não se identificar, a situação ocorre às terças, sextas e sábados à noite, enquanto, aos domingos, começa no período da tarde. O homem conta que, geralmente, a agitação tem início às 19h ou às 15h, dependendo do dia, e continua madrugada adentro. Há participação de motociclistas e motoristas de automóveis. “Às vezes, às 3h, 4h da madrugada ainda está um alvoroço”, comentou. “É algo que parece que nunca tem fim”.

Segundo ele, os grupos obstruem as vias, prejudicando a passagem de veículos. Além disso, os motociclistas circulam pela avenida em alta velocidade, empinam as motos e aceleram ao máximo para fazer barulho. Já os carros ficam com som alto ligado. Com todos esses problemas, as famílias não conseguem dormir. “É a perturbação do sossego materializada”, desabafou.

O votorantinense afirma que outro problema é a grande quantidade de usuários de entorpecentes na região. Ele já encontrou, várias vezes, flaconetes de cocaína e porções de maconha em frente à sua residência.

Inconformado com o cenário, o munícipe informa ter acionado a Polícia Militar cerca de 20 vezes nos últimos dois meses. Segundo relata, policiais vão ao local e dispersam a aglomeração. Porém, no dia seguinte, tudo acontece novamente. Ele costuma chamar, igualmente, a Guarda Civil Municipal (GCM), mas esta não estaria tomando nenhuma providência. “Alegam que não têm viatura para mandar”, afirmou.

Conforme um funcionário de um estabelecimento, que também pediu para ter a identidade preservada, o proprietário do bar respeita a lei e fecha nos horários determinados. No entanto, mesmo depois do encerramento das atividades, os frequentadores continuam na região. “É aí que piora”, reclamou.

De acordo com este funcionário, além dos transtornos citados pelo morador, os motociclistas avançam sobre os canteiros, oferecendo riscos à segurança. O lixo espalhado pela avenida, como copos e restos de frutas usadas em drinques, também incomoda. Segundo ele, algumas vezes, essas circunstâncias chegam a afastar a clientela. “Como sempre está muito lotado, as pessoas têm medo de vir”, finalizou.

A reportagem questionou a Prefeitura de Votorantim e a Polícia Militar sobre o assunto, mas até o fechamento desta edição não recebeu respostas. (Da Redação)