A Polícia Federal prendeu duas pessoas durante a Operação Irrestrita, deflagrada na quarta-feira (13), em nove cidades do Estado de São Paulo. A ação teve como objetivo desmantelar uma célula do Primeiro Comando da Capital (PCC) que planejava sequestros e atentados contra autoridades. Entre os alvos dos criminosos estavam os presidentes do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas). Um mandado de busca e apreensão foi cumprido em Cerquilho, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS).

Houve o cumprimento de 16 ordens judiciais de busca e apreensão na capital paulista (duas); Cerquilho (uma); Cotia (uma); Hortolândia (uma); Itapevi (duas); Juquitiba (duas); Monte Mor (uma); (Sumaré (uma); e Taboão da Serra (duas). Outros três mandados de prisão preventiva foram cumpridos em Hortolândia e Sumaré. Dos três alvos, um não foi capturado. Cerca de 150 policiais federais, com o apoio da Polícia Militar de São Paulo, participaram da ação.

Segundo a PF, a operação teve como foco a coleta de provas para verificar o andamento dos planos do bando. Durante o inquérito, os investigadores receberam um relatório de inteligência do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) indicando que os integrantes da célula Restrita da facção tinham em seus celulares as fotos das casas de Rodrigo Pacheco e Arthur Lira. Além das ameaças contra autoridades nacionais, a organização criminosa é investigada por compra e venda de armas de fogo ilegais.

A Operação Irrestrita é um desdobramento da Sequaz, realizada em março de 2023. Na ocasião, a ação mirou uma quadrilha ligada ao PCC que pretendia sequestrar o senador Sérgio Moro (União Brasil).

O Cruzeiro do Sul pediu mais detalhes à Polícia Federal sobre a ação, especialmente, em relação ao mandado cumprido em Cerquilho. A PF, porém, disse não ter outras informações. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)