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Casos de dengue aumentaram mais de 300% em Sorocaba e Votorantim

Os dois municípios também registraram crescimento dos óbitos pela doença na comparação entre 2023 e o ano passado

04 de Dezembro de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Na comparação entre os primeiros onze meses de 2022 e deste ano, o número de infectados em Sorocaba passou de 1.088 para 4.605; em Votorantim, de 657 para 3.066
Na comparação entre os primeiros onze meses de 2022 e deste ano, o número de infectados em Sorocaba passou de 1.088 para 4.605; em Votorantim, de 657 para 3.066 (Crédito: DIVULGAÇÃO / GOVERNO DE SP)

Restando mais de três semanas para o término do ano, Sorocaba e Votorantim já sabem que irão terminar 2023 com muito mais casos confirmados de dengue do que os registrados no ano passado. Com a chegada da chuva -- que já está acima da média -- e do período de maior circulação de mosquitos e pernilongos, aumenta também a preocupação com novos casos de dengue e com a proliferação de criadouros para o mosquito transmissor, o Aedes aegypti.

Em Sorocaba, de janeiro até novembro deste ano, o total de casos chega a 4.605, além de três mortes confirmadas pela doença. Já em Votorantim, o total é de 3.066 casos e dois óbitos em 2023.

Conforme os dados informados pela Prefeitura de Sorocaba, os casos de dengue na cidade aumentaram cerca de quatro vezes em relação ao ano passado. Foram 1.088 de janeiro a novembro de 2022 contra 4.605 no mesmo período deste ano -- alta de 326,4%. Em todo o ano passado, a cidade confirmou 1.101 casos da doença.

Houve aumento também no número de mortes confirmadas por dengue em Sorocaba. Conforme o balanço da administração municipal, em 2022 ocorreu um óbito pela doença contra três este ano, ou seja, aumento de 200%.

De acordo com a Prefeitura de Sorocaba, as regiões que registraram mais casos foram norte e oeste, locais com maior índice populacional na cidade.

Votorantim

Em Votorantim, os casos confirmados de dengue aumentaram mais de quatro vezes este ano na comparação com o ano passado. Segundo a Prefeitura, o município registra até o momento o total de 3.066 casos positivos da doença, ante 657 em 2022 -- elevação de 367%.

Além disso, no ano passado, a cidade não registrou nenhuma morte pela doença, enquanto em 2023 já foram confirmados dois óbitos. A Prefeitura de Votorantim informa ainda que não existem mais mortes suspeitas sendo investigadas no município.

Preocupação estadual

Com o aumento dos casos de dengue em várias cidades paulistas, o governo estadual promoveu uma semana de mobilização social para combater o Aedes aegypti, que aconteceu entre 27 de novembro e 2 de dezembro. Segundo dados do Estado, o mosquito transmissor está presente em todas as cidades de São Paulo. Até 24 de novembro, foram confirmados 311.863 mil casos de dengue, distribuídos em 625 municípios, com 276 óbitos.

O objetivo da semana foi conscientizar que o trabalho de prevenção conjunta da população e autoridades de saúde é necessária para reduzir número de casos, com orientações sobre prevenção e controle das doenças, além de ações específicas em casos de sintomas.

“Os criadouros do Aedes aegypti são os locais onde os mosquitos depositam os seus ovos e as larvas se desenvolvem até formarem mosquitos adultos. A eliminação desses criadouros é uma estratégia fundamental no controle da proliferação do Aedes e prevenção das doenças que ele transmite. Alguns exemplos de criadouros são recipientes de água parada, pratos de plantas, calhas entupidas, lixeiras e caixas d’água mal vedadas, além de piscinas ou fontes sem os devidos cuidados”, explica a coordenadora em saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças do Estado de São Paulo, Regiane de Paula.

A especialista relacionou as recomendações gerais para evitar criadouros de Aedes aegypti: eliminar pratos de plantas ou utilizar um prato justo ao vaso, que não permita acúmulo de água; descartar pneus usados em postos de coleta; retirar objetos que acumulem água, como potes e garrafas; verificar possíveis vazamentos em qualquer fonte de água; tampar ralos; manter o vaso sanitário sempre fechado; identificar sinais de umidade em calhas e lajes; verificar a presença de organismos vivos em águas de piscinas ou fontes ornamentais.

A Secretaria da Saúde orienta a população a procurar um serviço de saúde ao apresentar qualquer sinal ou sintoma de dengue, chikungunya ou Zika, como dores no corpo e febre. O diagnóstico e o tratamento para as doenças são oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). (Da Redação)