Cidades
Comércio que depende de geladeira teve problema com estoque
Alguns comerciantes conseguiram reduzir as perdas vendendo produtos com descontos
O vendaval que atingiu a região de Sorocaba na tarde de sexta-feira (3) causou prejuízo não só às residências, mas também a açougues, mercados, docerias e restaurantes entre outros estabelecimentos comerciais que dependem de refrigeração, por exemplo, para manter seus estoques. Alguns comerciantes conseguiram reduzir as perdas vendendo produtos com descontos, mas outros não tiveram a mesma sorte e amargaram prejuízos.
Foi o caso da Sodiê Doces, no Jardim Icatu, em Votorantim, que vendeu os produtos armazenados pela metade do preço. A loja ficou sem energia entre 16h45 de sexta-feira (3) e 4h de domingo (5). Em menos de duas horas, todos os produtos foram comercializados. Mas na segunda-feira (6), a equipe teve que trabalhar em dobro para repor o estoque. A gerente da loja, Michele Gouveia, disse que outras lojas perderam tudo, porque não conseguiram vender. “Temos uma clientela muito fiel, que nos ajudou nesse momento difícil. Fiquei emocionada com o apoio dos clientes”, revelou.
Já o bar e restaurante Joana Beer and Food, no bairro Santa Rosália, em Sorocaba, perdeu boa parte dos alimentos, além de ficar fechado desde sexta-feira (3). A energia naquela região só voltou às 16h ontem (6). A sócia do bar, Vanessa Cristina Franzin, estimou o prejuízo com a perda de alimentos em cerca de R$ 2,5 mil. “Perdemos carnes, peixes, bolinhos, hambúrgueres, molhos, chopp e frutas para os drinks. Fora R$ 3 mil de faturamento por dia fechado”, calculou.
A situação em Itu também foi difícil. Uma lanchonete perdeu uma geladeira cheia de sorvetes, hambúrgueres, carnes, frios, molhos e queijos por causa da falta de energia. O atendimento também foi prejudicado, pois as maquininhas de cartão não funcionavam e os refrigerantes eram servidos quente. A proprietária do estabelecimento, Cláudia Bernadete Lourenço, contou que a falta de água, provocada pela falta de energia, complicou ainda mais as coisas.
“Foi muito ruim, você não consegue dormir, fica preocupada, sem acesso a nada. Tudo escuro. Foram duas noites praticamente sem dormir. Aqui tem poço artesiano, então tive que economizar água, porque não sabia quando ia voltar a energia e tinha medo de acabar. Não fiz almoço para os clientes, porque não podia gastar água. O prejuízo foi grande”, disse. (Wilma Antunes)