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Crime

Acusado de matar 3 mulheres em Votorantim é condenado a 46 anos de prisão

Everton Júnior Soares, também conhecido como Mexicano, teve a pena decretada nesta sexta-feira (20) sem o direito de recorrer em liberdade

23 de Outubro de 2023 às 17:09
Da Redação [email protected]
Everton é levado pelos policiais civis, em 2018
Everton é levado pelos policiais civis, em 2018 (Crédito: Arquivo JCS/ Emídio Marques)

Everton Júnior Soares, mais conhecido como Mexicano, foi condenado a 46 anos em regime fechado por assassinar três mulheres em Votorantim entre 2014 e 2017. O julgamento ocorreu na sexta-feira (20), no Fórum da cidade.

Ele foi condenado por homicídio qualificado por motivo cruel usando de emboscada pelas mortes de Jéssica Roberta Pereira, Rosangela da Cruz Silva e Lúcia Mayumi Ukai Fukami. Os crimes ocorrem em 2014, 2015 e 2017, respectivamente. A investigação foi concluída pela Polícia Civil em 2019.

Em nota enviada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o réu permanecerá preso, porém agora sem o direito de recorrer em liberdade. “Com base nos requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal, sendo necessária a prisão para assegurar a aplicação da lei penal, ou seja, para garantir que o réu não fuja. Por fim, há de se assegurar a garantia da ordem pública, ante o risco de reincidência e a gravidade dos crimes praticados."”, diz o documento.

O réu já havia sido condenado há 18 anos de reclusão em 2020 pela morte de Mara Aparecida de Faria de França, portanto, Everton deve ficar na prisão pelos próximos 61 anos. Outros detalhes acerca do juri não foram esclarecidos.

O caso

Em 2018, a Polícia Civil de Sorocaba, em conjunto com autoridades de Votorantim, apresentou detalhes da investigação realizada até então. O ‘serial killer’, como também era chamado, tinha na época 27 anos e agia na região da Vila Garcia.

Na ocasião, segundo a Polícia, o pedreiro provocava traumatismo craniano nas vítimas desferindo golpes -- de pedra ou de pau -- na face das mulheres e, em alguns casos, ainda queimava o rosto delas. A avaliação, baseada também em depoimentos de testemunhas protegidas, é de que o homem sofria de impotência sexual e se satisfazia por meio da agressão às mulheres. Pelos últimos cinco anos ele esteve com a prisão preventiva decretada. (Da Redação)