Iperó
Marinha realiza treinamento em Aramar
Objetivo foi preparar civis e militares para viabilizar respostas rápidas e eficazes a qualquer emergência no Centro Experimental da Marinha (Aramar), em Iperó
Militares da Marinha do Brasil e civis que trabalham no Centro Experimental Aramar, em Iperó, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), participaram de um treinamento nuclear, biológico, químico e radiológico entre os dias 18 e 21 de setembro. Durante o treinamento, foi realizado uma série de eventos planejados, cujo objetivo principal é preparar os profissionais (militar e civil) para viabilizar respostas rápidas e eficazes a qualquer emergência de natureza nuclear, radiológicas e segurança física. Isso porque no local é desenvolvido a montagem de um reator, que faz parte do projeto do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.
As atividades realizadas em Aramar foram coordenadas pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) e pelo Centro de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da Marinha do Brasil. No total, mais de 620 pessoas atuaram no treinamento.
No primeiro dia, houve teste de comunicações, controle de distúrbios, desativação de artefatos explosivos e ataque cibernético. O comandante do Batalhão de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica de Aramar, capitão de Fragata Carlos Magno Ferreira da Costa, disse que “o exercício está inserido no contexto da Portaria nº 200/2023 do Estado-Maior da Armada, que estabelece as diretrizes para o acionamento da estrutura do Sistema de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da Marinha, incluindo a Força de Fuzileiros da Esquadra, para reforço das atividades de safety e security executadas no Centro Experimental Aramar, atuando em situação de emergência, a fim de contribuir com o restabelecimento das condições de segurança do pessoal e das instalações existentes no local”, destaca Ferreira da Costa.
Durante o segundo dia, foram realizadas atividades de patrulha, simulação de explosão no Laboratório de Materiais Nucleares (LABMAT), tentativa de retirada de material nuclear não autorizado e escolta de material nuclear. Na simulação no LABMAT, os feridos foram encaminhados a uma Unidade Avançada de Trauma, com emprego de telemedicina, pertencente à Unidade Médica Expedicionária da Marinha.
E no último dia, o comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra, vice-almirante Renato Rangel Ferreira, acompanhou os exercícios realizados na Usina de Hexafluoreto de Urânio (Usexa) e no Laboratório de Enriquecimento Isotópico (LEI), onde foi simulado a descoberta de artefato explosivo em cilindro de hexafluoreto de urânio (UF6).
Segundo o diretor do CTMSP, vice-almirante Guilherme Dionizio Alves, a semana foi marcada por uma intensa interação entre civis e militares da Marinha, que atuaram juntos em uma série de eventos planejados. “Essas ações visam garantir a segurança das equipes, das instalações e do meio ambiente, e permitem afirmar que a possibilidade de ocorrência de incidente ou acidente radiológico, em Aramar, é muito remota, em função de todas as preocupações relativas à qualificação do pessoal e ações no projeto de engenharia que prevê redundâncias nos sistemas e instalações”, aponta Alves.
Para o comandante do Centro de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da Marinha do Brasil, capitão de Mar e Guerra Flávio Lamego Pascoal, o exercício reforçou a posição da Marinha do Brasil na liderança e condução do setor estratégico nuclear brasileiro, conforme preconiza a Estratégia Nacional de Defesa: “A participação da Marinha, junto com outras instituições, é uma oportunidade de aprimorar a sinergia entre os atores integrantes do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro”, disse Pascoal. (Da Redação)
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