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Iperó

Marinha realiza treinamento em Aramar

Objetivo foi preparar civis e militares para viabilizar respostas rápidas e eficazes a qualquer emergência no Centro Experimental da Marinha (Aramar), em Iperó

23 de Setembro de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Atividades foram coordenadas pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo e pelo Centro de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da Marinha do Brasil
Atividades foram coordenadas pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo e pelo Centro de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da Marinha do Brasil (Crédito: DIVULGAÇÃO / MARINHA DO BRASIL)

Militares da Marinha do Brasil e civis que trabalham no Centro Experimental Aramar, em Iperó, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), participaram de um treinamento nuclear, biológico, químico e radiológico entre os dias 18 e 21 de setembro. Durante o treinamento, foi realizado uma série de eventos planejados, cujo objetivo principal é preparar os profissionais (militar e civil) para viabilizar respostas rápidas e eficazes a qualquer emergência de natureza nuclear, radiológicas e segurança física. Isso porque no local é desenvolvido a montagem de um reator, que faz parte do projeto do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.

  - DIVULGAÇÃO / MARINHA DO BRASIL
(crédito: DIVULGAÇÃO / MARINHA DO BRASIL)

As atividades realizadas em Aramar foram coordenadas pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) e pelo Centro de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da Marinha do Brasil. No total, mais de 620 pessoas atuaram no treinamento.

No primeiro dia, houve teste de comunicações, controle de distúrbios, desativação de artefatos explosivos e ataque cibernético. O comandante do Batalhão de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica de Aramar, capitão de Fragata Carlos Magno Ferreira da Costa, disse que “o exercício está inserido no contexto da Portaria nº 200/2023 do Estado-Maior da Armada, que estabelece as diretrizes para o acionamento da estrutura do Sistema de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da Marinha, incluindo a Força de Fuzileiros da Esquadra, para reforço das atividades de safety e security executadas no Centro Experimental Aramar, atuando em situação de emergência, a fim de contribuir com o restabelecimento das condições de segurança do pessoal e das instalações existentes no local”, destaca Ferreira da Costa.

Treino foi realizado entre os dias 18 e 21 de setembro no Centro Experimental - DIVULGAÇÃO / MARINHA DO BRASIL
Treino foi realizado entre os dias 18 e 21 de setembro no Centro Experimental (crédito: DIVULGAÇÃO / MARINHA DO BRASIL)

Durante o segundo dia, foram realizadas atividades de patrulha, simulação de explosão no Laboratório de Materiais Nucleares (LABMAT), tentativa de retirada de material nuclear não autorizado e escolta de material nuclear. Na simulação no LABMAT, os feridos foram encaminhados a uma Unidade Avançada de Trauma, com emprego de telemedicina, pertencente à Unidade Médica Expedicionária da Marinha.

Marinha realiza exercícios de resposta do Sistema de Defesa Nuclear, Biológico, Químico e Radiológico (NBQR) em Iperó - DIVULGAÇÃO / MARINHA DO BRASIL
Marinha realiza exercícios de resposta do Sistema de Defesa Nuclear, Biológico, Químico e Radiológico (NBQR) em Iperó (crédito: DIVULGAÇÃO / MARINHA DO BRASIL)

E no último dia, o comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra, vice-almirante Renato Rangel Ferreira, acompanhou os exercícios realizados na Usina de Hexafluoreto de Urânio (Usexa) e no Laboratório de Enriquecimento Isotópico (LEI), onde foi simulado a descoberta de artefato explosivo em cilindro de hexafluoreto de urânio (UF6).

Segundo o diretor do CTMSP, vice-almirante Guilherme Dionizio Alves, a semana foi marcada por uma intensa interação entre civis e militares da Marinha, que atuaram juntos em uma série de eventos planejados. “Essas ações visam garantir a segurança das equipes, das instalações e do meio ambiente, e permitem afirmar que a possibilidade de ocorrência de incidente ou acidente radiológico, em Aramar, é muito remota, em função de todas as preocupações relativas à qualificação do pessoal e ações no projeto de engenharia que prevê redundâncias nos sistemas e instalações”, aponta Alves.

Mais de 600 pessoas entre civis e militares participaram da atividade - DIVULGAÇÃO / MARINHA DO BRASIL
Mais de 600 pessoas entre civis e militares participaram da atividade (crédito: DIVULGAÇÃO / MARINHA DO BRASIL)

Para o comandante do Centro de Defesa Nuclear, Biológica, Química e Radiológica da Marinha do Brasil, capitão de Mar e Guerra Flávio Lamego Pascoal, o exercício reforçou a posição da Marinha do Brasil na liderança e condução do setor estratégico nuclear brasileiro, conforme preconiza a Estratégia Nacional de Defesa: “A participação da Marinha, junto com outras instituições, é uma oportunidade de aprimorar a sinergia entre os atores integrantes do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro”, disse Pascoal. (Da Redação)

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