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Parques do Vale do Ribeira ganham 68 quilômetros de trilhas

O local é a região de Mata Atlântica que resguarda as áreas mais bem preservadas do bioma

21 de Agosto de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Projeto melhorou acesso ao Petar, Carlos Botelho e Caverna do Diabo, permitindo visitação de cadeirantes
Projeto melhorou acesso ao Petar, Carlos Botelho e Caverna do Diabo, permitindo visitação de cadeirantes (Crédito: DIVULGAÇÃO / GOVERNO DE SÃO PAULO)

A Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo entregou no início de agosto 68 quilômetros de trilhas revitalizadas nas unidades de conservação do Vale do Ribeira. O local é a região de Mata Atlântica que resguarda as áreas mais bem preservadas do bioma. No total, foram investidos R$ 6,5 milhões em 26 trilhas.

O projeto implementou a maior trilha com acessibilidade do Estado, no Parque Estadual Carlos Botelho, e mais mobilidade em atrativos como a Caverna do Diabo e o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar).

Entre as estruturas implantadas, destacam-se mirantes e decks de madeira, que têm a finalidade de estimular a experiência do visitante ao permitir acesso a locais de onde se vislumbram belas paisagens em meio à natureza, torres de observação de aves e áreas de descanso.

As reformas foram realizadas em nove unidades de conservação, como os parques estaduais turísticos do Alto Ribeira, Caverna do Diabo, Jurupará, Nascentes do Paranapanema, Intervales, Carlos Botelho, Itinguçi, Rio Turvo e Ilha do Cardoso. As obras contemplaram melhorias nos caminhos e atrativos, incluindo degraus e corrimãos de madeira, decks, mirantes, pontes pênseis, regularização de piso e traçado, além de placas de comunicação.

O diretor-executivo da Fundação Florestal, Rodrigo Levkovicz, lembrou a importância de garantir acessibilidade para pessoas com deficiência. “Podemos destacar, como exemplo, o Mirante do Petar, onde não era possível o acesso por cadeira de rodas, e agora é. Em outros lugares, como a cachoeira do Araçá, na Caverna do Diabo, local que antes tinha acesso limitado, o acesso para todos também já é uma realidade. Estamos proporcionando, acima de tudo, a independência dos usuários”.

As estruturas também receberam manutenção, a fim de assegurar a integridade ambiental das trilhas, sobretudo, para controle dos impactos advindos do uso público. Para isso, foram executados serviços para implantação de estruturas, dentre elas, segurança e contenção de encostas, regularização de piso, sistema de drenagem para evitar erosões pontuais, clareamento, entre outras.

Localizado no sul do estado de São Paulo, o Petar promove o turismo ecológico no Vale do Ribeira. Criado em 1958, com seus mais 35.750 hectares, a unidade compreende parte dos municípios de Iporanga e Apiaí e tem continuidade territorial com o Parque Estadual Intervales.

Além do valor como área remanescente de floresta, a importância é acentuada pela associação da floresta com o chamado “relevo de exceção”, com sistemas de cavernas que abrigam paisagens subterrâneas únicas, com grande variedade morfológica de espeleotemas e sítios paleontológicos. Pelo número -- mais de 400 --, beleza e complexidade das suas cavernas, o local recebe reconhecimento internacional.

Devido ao alto nível de preservação da região, a área abriga espécies da Mata Atlântica típicas de matas primárias (vegetação com alto grau de preservação, quase sem intervenção humana, com árvores entre 25 e 30 metros de altura), como canela, cedro e palmito-juçara.

Além dessa importante matriz geológica, o Petar apresenta espécies de animais de amplo território, como a onça-pintada e o mono-carvoeiro ou muriqui, maior primata das Américas. (Da Redação)