Cidades
Justiça ouve testemunhas de caso envolvendo o empresário Thiago Brennand
Nesta etapa, foram ouvidas testemunhas sobre o caso de sequestro e cárcere privado que tramita em segredo de justiça

A Justiça retomou ontem (17) a audiência e julgamento contra o empresário Thiago Brennand. A sessão teve início às 13h30 e foi realizada por videoconferência na 1ª Vara de Porto Feliz. Nesta etapa foram ouvidas testemunhas sobre o caso de sequestro e cárcere privado que tramita em segredo de justiça.
Neste processo, o réu responde a 21 acusações e foram arroladas 47 testemunhas. Nessa segunda, ocorreu as oitivas de 12 testemunhas de acusação. A audiência teve início em 3 de julho, porém, não foi concluída. Na ocasião, foram ouvidas a vítima e quatro testemunhas de acusação.
Esse é o segundo julgamento de Brennand. O primeiro, por estupro de uma norte-americana, teve as audiências realizadas em 30 de maio e 21 de junho. As partes envolvidas no processo também foram ouvidas à distância. O crime de estupro tem pena prevista de 6 a 10 anos de reclusão.
Recentemente, o herdeiro, de 43 anos, foi alvo de novas denúncias de estupro, cárcere privado, agressões físicas e abuso psicológico contra duas mulheres europeias. Ele já é réu em nove processos e está há dois meses preso pela Polícia Federal.
Os casos teriam acontecido entre 2015 e 2018, quando ambas as vítimas conheceram Brennand na Europa e depois vieram morar com ele em São Paulo.
Ambas acusam Brennand de agressões sexuais, físicas e psicológicas, além de terem sido forçadas a tatuarem a assinatura e o brasão da família do empresário, que, segundo elas, ele considerava o ato uma forma de “marcar território”. Uma das mulheres também afirma que ele se gabava da prática e mantinha uma pasta com fotos de outras vítimas “carimbadas”, como dizia, além de obrigá-la a mostrar a tatuagem para outras pessoas.
As duas mulheres foram ouvidas pelo Ministério Público de São Paulo, que investiga os casos. Brennand responde a outros processos. O empresário está preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na capital paulista. (Da Redação com Estadão Conteúdo)