A Polícia Civil de São Roque prendeu dois homens de 41 e 36 anos -- um guarda civil de Araçariguama e seu comparsa -- acusados de matar uma mulher de 29 anos, em São Roque, no dia 13 de junho.

Segundo a polícia, ela estava acompanhada de familiares quando dois homens entraram na residência. Um deles, armado, posicionou-se na porta, enquanto o outro agredia violentamente a vítima com socos e chutes. A violência ocorreu na presença de uma criança, filha de uma das testemunhas. As testemunhas também relataram que o homem armado impediu a intervenção de outras pessoas e, em certo momento, entregou a arma para o outro indivíduo, que disparou contra a vítima, ameaçando também as testemunhas presentes.

Ela chegou a ser socorrida desacordada e em parada cardiorrespiratória, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ao chegar no pronto-socorro da cidade. De acordo com a Polícia Civil, ela cumpria pena por roubo, em regime semiaberto e havia saído do sistema prisional no dia do homicídio, em saída temporária.

“A Polícia Civil representou pela prisão temporária dos autores e pela busca e apreensão em suas respectivas residências. Após deferimento pela autoridade judicial, uma equipe de investigadores se dirigiu às residências dos criminosos e, em 15 de junho, obteve sucesso na captura de um deles. Na casa do guarda civil foram encontradas diversas munições de arma de fogo de calibres 380, 38 e 357, além de um coldre. No entanto, ele ainda permanecia foragido”.

Sobre a motivação do crime, as testemunhas informaram que o guarda municipal acusava a vítima de ter subtraído um objeto de sua residência há cerca de cinco anos e estava ali para cobrar uma dívida. “Temos aí a participação dos dois em um crime bárbaro, com motivação extremamente fora do comum para um crime dessa gravidade. O importante é ressaltar que estão identificados e os dois presos à disposição da Justiça”, disse o delegado Acácio Aparecido Leite.

A dupla foi indiciada por homicídio qualificado por motivo torpe, tortura e meio cruel, e por terem impossibilitado a defesa da vítima. Eles foram encaminhados preventivamente à cadeia pública de Capão Bonito e aguardam decisões judiciais. (Da Redação)