Buscar no Cruzeiro

Buscar

Homicídio

Justiça acata denúncia contra sargento acusado de matar PMs em Salto

Claudio Henrique Frare Gouveia continua preso na capital

21 de Junho de 2023 às 09:28
Cruzeiro do Sul [email protected]
Crime aconteceu em 15 de maio na 3º Companhia da Polícia Militar de Salto
Crime aconteceu em 15 de maio na 3º Companhia da Polícia Militar de Salto (Crédito: Arquivo JCS / Vanessa Ferranti)

O Tribunal de Justiça Militar de São Paulo acatou a denúncia do Ministério Público contra o sargento Claudio Henrique Frare Gouveia, acusado de matar dois colegas de profissão, o também sargento Roberto Aparecido da Silva e o capitão Josias Justi da Conceição Junior.

O crime aconteceu em 15 de maio na 3ª Companhia da Polícia Militar de Salto. Na ocasião, ele foi preso em flagrante e teve a prisão preventiva decretada em 19 de maio. O sargento foi encaminhado ao presídio militar Romão Gomes, na capital, onde permanece até o julgamento.

De acordo com a Justiça, a denúncia foi apresentada pela promotora de Justiça Militar Giovana Guerreiro pela prática de dois homicídios duplamente qualificados por motivo fútil e pelo recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. O crime teria sido motivado pela insatisfação do denunciado em relação à alteração de escala de trabalho. A primeira audiência sobre o caso está marcada para a próxima semana, em 29 de junho, na 4ª Auditoria Militar no Tribunal de Justiça Militar, em São Paulo.

O Cruzeiro do Sul entrou em contato com a defesa do sargento Gouveia. O advogado Rogério Augusto Dini Duarte informou que, por ora, não há o que apresentar, apenas aguardar audiência.

O crime

O crime ocorreu por volta das 9h de uma segunda-feira dentro da Companhia. Segundo o boletim de ocorrência, um PM contou que o sargento Gouveia invadiu a base armado com um fuzil. Em seguida, pediu para todos saírem do local e entrou em uma sala. Logo na sequência, a testemunha disse ter ouvido os disparos. Os corpos dos PMs mortos foram sepultados em Sorocaba, cidade onde moravam. Ainda conforme o BO, o autor dos disparos se entregou para outro sargento, que também retirou a arma dele. 

Em entrevista ao jornal Cruzeiro do Sul, na quarta-feira (17), a defesa do PM Cláudio, explicou que problemas no ambiente de trabalho e possíveis perseguições no emprego teriam motivado o crime. O advogado Rogério Augusto Dini Duarte disse ainda que um conjunto de fatores desencadeou no sargento um quadro de estresse, porém, o profissional não teria recebido o respaldo necessário do comando da companhia. O autor do duplo homicídio atuava há 32 anos na instituição. De acordo com o Tribunal da Justiça, não há informações sobre tratamento psicológico do denunciado antes dos fatos. (Da Redação)