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Arara-azul-de-lear é preservada em Araçoiaba da Serra

Originária da caatinga baiana, espécie é alvo fácil de comércio ilegal

31 de Maio de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Governo de SP mantém o Centro de Pesquisa e Conservação da Fauna, onde já nasceram 17 filhotes da ave desde 2018
Governo de SP mantém o Centro de Pesquisa e Conservação da Fauna, onde já nasceram 17 filhotes da ave desde 2018 (Crédito: DIVULGAÇÃO / SEMIL)

Exuberante em suas cores e no seu porte, a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), originária da caatinga baiana, é um alvo fácil de comércio ilegal e, consequentemente, está entre as aves brasileiras em perigo de extinção.

Por isso, o Centro de Pesquisa e Conservação da Fauna, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), desenvolve um trabalho importante para proteger o futuro da espécie.

No Centro, localizado em Araçoiaba da Serra, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), os pesquisadores trabalham em estudos e programas de conservação para que as aves azuis tenham sucesso na sua reprodução. Com ambientação especial e infraestrutura específica, desde 2018, já nasceram 17 filhotes, os dois últimos em fevereiro deste ano.

O casal fértil é formado por Lindsay e Francês, ambos vítimas do comércio ilegal, o que os deixou inaptos para retornar à natureza. O Centro conta, também, com mais um casal de araras desse mesmo tipo, mas, neste caso, ainda não se conseguiu que os ovos gerassem filhotes.

“Além das pesquisas com uma espécie ainda pouco estudada, o Centro contribui com o reforço demográfico e genético para a espécie na natureza. Também enviamos indivíduos nascidos no Centro para serem liberados na Bahia, desde que sejam aprovados após treinamentos específicos de pré-soltura, e atuamos na manutenção de uma população ‘reserva’ em cativeiro”, disse o coordenador Cauê Monticelli.

O programa de reprodução da arara-azul-de-lear em Araçoiaba da Serra foi iniciado em 2015 e conta com a aprovação do Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio). (Da Redação)