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Região de Sorocaba tem déficit de cerca de mil policiais civis

25 de Julho de 2019 às 23:48

Região de Sorocaba tem déficit de cerca de mil policiais civis Sindicato do Delegados se reuniu ontem com representantes da região no Deinter-7. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (12/8/2008)

Um déficit superior a mil policiais civis na região do Departamento do Interior 7 (Deinter-7), que abrange 79 cidades, foi pauta de reunião nesta quinta-feira (25), em Sorocaba, com delegados de polícia e que teve a participação da presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia de São Paulo, Raquel Kabashi Gallinati.

O diretor do Deinter-7, Osmar Guimarães Júnior, disse que o governo estadual autorizou a abertura de vários concursos para a reposição de policiais que se aposentaram. Avaliou que o que contribuiu para a evasão foi a reforma da Previdência. Lembrou que o déficit ocorre no Estado e no Brasil inteiro. Também afirmou que a informatização e modernização do trabalho policial “preencheu uma lacuna imensa”.

O diretor reconheceu que o déficit é significativo, mas disse que faz medição de produções pelos números apresentados. “E esses números são muito bons, apesar de todo esse déficit a gente tem produzido muito em termos de investigação, prisão, tudo”. Disse que os níveis de esclarecimentos de crimes “são muito bons”. Informou que na região do Deinter-7 atuam quase 4 mil policiais civis.

Na avaliação de Raquel, a consequência do déficit de policiais “é que a sociedade se vê desprotegida”. Na sua análise, “a partir do momento em que o governo não investe em segurança pública, em polícia judiciária, que é a única polícia que tem a competência legal e constitucional de investigar e combater o crime com inteligência, a gente deixa a população à mercê da criminalidade”.

Raquel também informou que a reunião de ontem fez parte da programação de visita do sindicato a todos os 10 Departamentos de Polícia do Interior para conversas com os delegados, representantes políticos e de segurança e a OAB, para colher dados e informações com o objetivo de auxiliar o governo do Estado. “Afinal, segurança pública não é escolha política, é obrigação. Sendo a segurança pública o tripé dos direitos sociais, não há o que se falar em investir ou não na segurança pública”. (Carlos Araújo)