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Rede estadual de Sorocaba deve receber kit escolar só em março

16 de Janeiro de 2019 às 09:26

Segundo o secretário, a licitação foi feita para uma entrega de 150 dias. Foto: Divulgação / Governo do Estado de SP

Estudantes da rede estadual de ensino de Sorocaba não receberão o kit escolar no início das aulas. A entrega ocorrerá apenas em março. A informação foi dada nesta terça-feira (15) por Rossieli Soares, novo secretário de Educação do Estado de São Paulo, durante entrevista ao Jornal da Cruzeiro, na Cruzeiro FM 92,3.

“O kit escolar, em Sorocaba, não vai chegar em 1º de fevereiro. Infelizmente, eu não posso omitir”, afirmou Soares sobre a questão. O que nós conseguimos fazer foi diminuir o tempo de entrega de cinco meses, para dois meses e dez dias. Isso fará com que os materiais estejam aí em Sorocaba até o dia 11 de março. Infelizmente, por uma má gestão anterior”, alfineta a gestão de Márcio França, que durou de março até dezembro do ano passado.

O caso, inclusive, foi uma das prioridades da nova gestão da pasta. O problema estaria na assinatura do contrato da compra dos kits escolares, que conforme ele, não foi realizada na gestão anterior. O fato atinge outras cidades do interior do Estado. “O problema é que a licitação foi feita para uma entrega de 150 dias. Para não atrasar, negociamos com as empresas e o material chega em março”, garante. Ele também citou que outro material de apoio pedagógico também não foi impresso na gestão anterior por problemas relacionados a direitos autorais.

Falando sobre outra medida, ainda conforme ele, houve decisão judicial para que o Estado possa contratar professores temporários. “Não tinha nada programado nesse sentido e isso prejudicaria milhões de alunos”, lembra.

Rossieli Soares falou à rádio Cruzeiro FM. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Aprendizagem é objetivo

De acordo com o novo secretário. o objetivo maior ao longo dos quatro anos é a aprendizagem. “Nossas crianças não podem deixar de aprender. Nós somos São Paulo. Nós não podemos estar em nenhuma posição que não seja a educação do nosso país.”

Rossieli Soares também falou do desafio de assumir a pasta. “A Secretaria de Educação tem 250 mil funcionários. É uma das maiores ‘empresas’ do Brasil e uma das maiores do mundo. Então, não tem como disfarçar que São Paulo tem uma grandiosidade impressionante. e de outro lado a importância de São Paulo para toda a educação”, afirma. “Estou muito feliz em poder ter essa oportunidade de estar trabalhando aqui com essa rede gigantesca e maravilhosa”, acrescenta.

Ele também foi questionado sobre o uso de material pedagógico do sistema Sesi, como deverá ocorrer em Sorocaba. “Os materiais nacionais foram melhorados na nossa gestão, mas é da liberdade do prefeito poder contratar ou não. Se ele tem condições financeira de fazê-lo e é o desejo da comunidade de ter um material próprio, não vejo problema nisso”, opina.

Ele defendeu mais participação da família em todo o processo de educação. “Escola não é depósito de criança. O professor não é o único responsável pela educação dos alunos. A família precisa estar envolvida. Cada vez mais a gente precisa retomar o papel da família no processo educacional dos filhos”, comenta.

Por fim, Soares defendeu o respeito e a valorização ao professor e se posicionou sobre o tema escola sem partido, argumentando que escola é lugar para aprendizagem.

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